Chegou a hora! Dia 10 de janeiro tem Globo de Ouro 2023, engatando definitivamente a quinta marcha na temporada de premiações.  

Agora, faço as minhas apostas de quem serão os ganhadores das categorias de cinema.

MELHOR ANIMAÇÃO

Aqui, não tem a menor chance de dar outro resultado que não seja a vitória do Guillermo Del Toro. De todos os cinco indicados, é, de longe, o mais elogiado e com os nomes mais fortes.

Se realmente acontecer, será a primeira conquista da Netflix na categoria e consolida de uma vez por todas “Pinóquio” como amplo favorito rumo ao Oscar.  

A surpresa pode ser “Marcel the Shell with Shoes On”, mas, não aposto muito que vá acontecer. 

MELHOR TRILHA SONORA

Sem dúvida, será uma das categorias mais apertadas da noite: todo mundo tem chance de vitória e não há nenhum azarão.

Eu aposto no John Williams: o velho parceiro do Steven Spielberg está indicado pelo melhor trabalho dele em anos e não vence o prêmio desde 2006 com “Memórias de uma Gueixa”.  

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL

As favoritas são a Lady Gaga com a canção de um dos grandes filmes do ano junto com a Rihanna e todo o simbolismo da canção em homenagem ao Chadwick Boseman.

PORÉM, vou apostar minhas fichas em “RRR”: “Naatu Naatu” tem a vantagem de estar inserida no filme – igual “Ciao Papa” – e rende um momento espetacular de dança, lembrando os musicais antigos de Hollywood.  

MELHOR FILME INTERNACIONAL

Eis mais uma categoria imprevisível: “RRR” conta a simpatia de muita gente na indústria e pode encontrar a única chance de brilhar na temporada justamente no Globo de Ouro, afinal, a Índia optou por “The Last Show” no Oscar.

Por outro lado, dramas de guerras como “Nada de Novo no Front” são adorados neste tipo de evento e ainda há o prestígio do Park Chan-Wook e do Ricardo Darín, além dos elogios a “Close”.

Tudo embolado.

Para mim, “RRR” conta um pequeno favoritismo, mas, tudo pode acontecer na categoria. 

Melhor Roteiro

  • “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”
  • TÁR
  • “Os Fabelmans”
  • “Entre Mulheres”
  • “The Banshees de Inisherin” (Favorito)

A categoria reúne alguns dos principais candidatos da temporada Tirando o Spielberg e arrisco também a Sarah Polley, todos os demais estão na briga.  

Aqui é a maior chance do Todd Field vencer algo na noite – ele foi esnobado em Direção.

Já os Daniels e McDonagh ficam no suspense de como será a distribuição dos prêmios – o Globo de Ouro pode querer consagrar somente um deles, fazendo a dobradinha Filme e Roteiro ou irá equilibrar cada um com uma estatueta. 

No fim das contas, fico com “The Banshees of Inisherin”. 

Melhor Direção

A categoria traz três nomes consagrados – James Cameron, Baz Luhrmann e Steven Spielberg – um nome em alta – Martin McDonagh  -, e a revelação da temporada, os Daniels.

Apesar do Cameron comprovar semana a semana ser um Midas do cinema, acredito na vitória do Spielberg: a temporada está moldada para ele na categoria em um filme cheio de fanservices para os fãs e uma homenagem à família e à própria Sétima Arte.

Tirando o Cecil B. De Mille conquistado em 2008, o diretor de “Os Fabelmans” não leva a categoria concorrendo desde 1999 com “O Resgate do Soldado Ryan”.

O clima de que chegou a hora é total. 

MELHOR ATOR COADJUVANTE

  • Brendan Gleeson e Barry Keoghan, de “Os Banshees de Inisherin”
  • Ke Huy Quan, por “Tudo em todo lugar ao mesmo tempo” (Favorito)
  • Brad Pitt, de “Babilônia”
  • Eddie Redmayne, por “O Enfermeiro da Noite

O Ke Huy Quan é certo entre os homens; se o Brendan Gleeson vencer, entrará para história do Globo de Ouro como uma das maiores surpresas da história do evento.

Melhor Atriz Coadjuvante

  • Angela Bassett, por “Wakanda Forever”
  • Kerry Condon, de “Os Banshees de Inisherin” (Favorita)
  • Jamie Lee Curtis, por “Tudo em todo Lugar ao mesmo tempo”
  • Dolly De Leon, em “Triângulo da tristeza“,
  • Carey Mulligan, por “Ela disse

Já no time feminino, há uma incerteza grande com um ligeiro favoritismo da Kerry Condon.

A Jamie Lee Curtis e a Angela Basset, porém, são nomes muito tentadores para os jornalistas premiarem.

E ainda tem a Dolly De Leon que pode ser uma zebra internacional muito bem-vinda. Enfim, uma categoria imprevisível. 

MELHOR ATRIZ COMÉDIA/MUSICAL

Por melhores que sejam os trabalhos de Emma Thompson e Lesley Manville, não há outra hipótese que não seja a vitória tranquila da Michelle Yeoh.

MELHOR ATOR COMÉDIA/MUSICAL

Dá para dizer sem medo de ser feliz o mesmo entre os homens com o Colin Farrell favoritaço por “The Banshees of Inisherin”.

MELHOR ATOR DE DRAMA

  • Austin Butler, por “Elvis”
  • Brendan Fraser, por “A Baleia” (Favorito)
  • Hugh Jackman, por “Um Filho”
  • Bill Nighy em “Living
  • Jeremy Pope, por “The Inspection”

Brendan Fraser ou Austin Butler. Os astros de “A Baleia” e “Elvis” competem entre si em uma corrida que terá impacto decisivo para o Oscar.

O Globo de Ouro tem a possibilidade de se redimir com o Brendan Fraser neste ano: tempos atrás, o ator denunciou o ex-presidente da Associação de Imprensa Estrangeira em Hollywood, entidade organizadora da festa, de assédio sexual. Até por isso, ele não estará no evento. Além de consagrar a atuação em “A Baleia”, seria uma forma da entidade marcar uma nova fase. 

E justamente por estas interpretações que podem fugir do controle, o Globo de Ouro pode ir pelo caminho de premiar o Austin Butler.

Isso não seria nada difícil, afinal, temporada de premiações adora atuações vindas de cinebiografias e nada melhor do que interpretar Elvis Presley para ganhar um prêmio. 

Aposto no Fraser, mas, sem descartar o Butler em nada. 

MELHOR ATRIZ DE DRAMA

A lógica manda dizer que o favoritismo é todo da Cate Blanchett, a qual venceu o último prêmio na festa em 2008 com “Não Estou Lá” – a Michelle Williams conquistou em 2011 por “Sete Dias com Marilyn”.

Porém, a estrela de “Os Fabelmans” é bastante querida e está em uma produção idem.

Pode surpreender sim. 

MELHOR FILME DE COMÉDIA/MUSICAL

  • “The Banshees of Inisherin”
  • “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” (Favorito)
  • “O Menu”
  • “O Triângulo da Tristeza”
  • “Glass Onion”

As categorias máximas do Globo de Ouro 2023 estão totalmente imprevisíveis, prometendo fortes emoções até a revelação dos ganhadores. 

A disputa entre “Os Banshees de Inisherin” e “Tudo em Todo Lugar” pode ir para qualquer lado: de um lado, tem uma comédia dramática praticamente unânime consagrada por onde passou com grande elenco e roteiro, enquanto do outro tem um queridinho do público cinéfilo elogiado pela criatividade.

Será um mistério a ser desvendado no decorrer da premiação à medida em que saírem os vencedores, por exemplo, de Roteiro e Direção.

Minha aposta, neste momento, é na vitória da ficção científica dos Daniels.

MELHOR FILME DE DRAMA

  • “Avatar: O Caminho da Água”
  • “Elvis”
  • “Top Gun: Maverick”
  • “Os Fabelmans” (Favorito)
  • “TÁR”

Da turma dos longas dramáticos, realmente tudo pode acontecer.

“Avatar” e “Top Gun” são dois fenômenos de bilheteria, “Elvis” tem a tradição das cinebiografias e a força do Rei do Rock, “Os Fabelmans” é o filme sobre a vida do diretor mais popular de Hollywood e “TÁR” conta com os prestígios da Cate Blanchett e Todd Field. 

Neste cenário, acredito no peso do Spielberg e coloco o favoritismo para “Os Fabelmans” com “Avatar” e “Elvis” correndo bem próximo para levar a estatueta.

APOSTAS DA TELEVISÃO

Melhor Série de Drama – “Ruptura”
Melhor Ator de Série de Drama – Bob Odenkirk, de “Better Call Saul”
Melhor Atriz de Série de Drama – Zendaya, de “Euphoria”
Melhor Série de Comédia – “Abbott Elementary”
Melhor Ator em Série de Comédia – Jeremy Allen White, por “O Urso”
Melhor Atriz de Série de Comédia – Quinta Brunson, por “Abbott Elementary”
Melhor Ator Coadjuvante em Série – John Turturro, por “Ruptura”
Melhor Atriz Coadjuvante em Série – Sheryl Lee Ralph, por “Abbott Elementary”
Melhor Minissérie – “The White Lotus”
Melhor Ator em Minissérie – Evan Peters, por “Dahmer: Um Canibal Americano”
Melhor Atriz em Minissérie – Amanda Seyfried, por “The Dropout”
Melhor Ator Coadjuvante em Minissérie – F. Murray Abraham, por “The White Lotus”
Melhor Atriz Coadjuvante em Minissérie – Jennifer Coolidge, por “The White Lotus”