De Fernando Meirelles a Spike Lee, Caio Pimenta traz um TOP 10 com diretores que deram não sorte no Oscar.

10. FERNANDO MEIRELLES, POR “CIDADE DE DEUS”

Fernando Meirelles

Em décimo lugar, está Fernando Meirelles.

A indicação por “Cidade de Deus” já era uma vitória, é verdade.

Porém, cair justo no ano da avalanche feita por Peter Jackson em “O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei” não ajudou em nada qualquer mísera chance que poderia ter.

9. MICHAEL HANEKE, POR “AMOR”

Em seguida, vem Michael Haneke; diferente do brasileiro, havia sim uma possibilidade do austríaco levar a estatueta por “Amor”.

Ele, porém, teve pela frente dois veteranos no Oscar – Steven Spielberg e Ang Lee.

Sorte do segundo premiado com “As Aventuras de Pi”. 

 8. TERRENCE MALICK, POR “A ÁRVORE DA VIDA”

Em 2011, Terrence Malick chegou com o filosófico “A Árvore da Vida” e merecia a estatueta.

No meio do caminho, entretanto, estava Michel Hazanavicius com a agradável homenagem ao cinema mudo de “O Artista”.

A Academia resolveu, então, consagrar o francês. 

7. SPIKE LEE, POR “INFILTRADO NA KLAN”
6. BARRY JENKINS, POR “MOONLIGHT”

O Oscar teve a oportunidade de fazer história e premiar pela primeira vez um cineasta negro na categoria.

O mestre Spike Lee com o excelente “Infiltrado na Klan” não encontrou brechas para superar o perfeccionismo técnico de Alfonso Cuáron em “Roma”.

Já o delicado trabalho do Barry Jenkins em “Moonlight” perdeu para Damien Chazelle, de “La La Land”, uma das barbadas em 2017. 

 5. QUENTIN TARANTINO, POR “BASTARDOS INGLÓRIOS”

Quentin Tarantino

O quinto lugar do TOP 10 fica com o Quentin Tarantino: “Bastardos Inglórios” era o filme ideal para vencer Melhor Direção com sua divertida vingança sobre o nazismo.

A temporada de 2010, porém, virou um embate entre James Cameron retornando com o fenômeno “Avatar” e a Kathyryn Bigelow.

Pelo menos, a conquista da diretora de “Guerra ao Terror” representou a tardia primeira estatueta de uma mulher na categoria. 

 4. DAVID FINCHER, POR “A REDE SOCIAL”

Outro nome querido do meio cinéfilo, David Fincher teve a maior chance de vitória em 2010 com o já clássico “A Rede Social”.

Ele, entretanto, não contava com Tom Hopper e seu questionável trabalho em “O Discurso do Rei”.

Infelizmente, a Academia ficou com o britânico em um resultado criticado até hoje. 

 3. RICHARD LINKLATER, POR “BOYHOOD”

A medalha de bronze é do Richard Linklater.

Mesmo todo o esforço superior há uma década para fazer “Boyhood”, não impressionou tanto a Academia quanto os planos-sequências de Alejandro González-Iñarritu em “Birdman”.

Vitória da virtuose sobre a delicadeza.  

2. GEORGE MILLER, POR “MAD MAX – ESTRADA DA FÚRIA”

Melhor Diretor de 2015: George Miller, por Mad Max: Estrada da Fúria

E o George Miller?

O que falar da derrota em 2016?

A ousadia e loucura de “Mad Max: Estrada da Fúria” não foi suficiente para bater novamente Iñarritu e toda a grandiosidade de “O Regresso”. 

 1. PAUL THOMAS ANDERSON, POR “SANGUE NEGRO”


Por fim, o primeiro lugar fica com uma falta de sorte do tamanho do Universo.  

Por que “Sangue Negro” e “Onde os Fracos Não Têm Vez” precisaram ser lançados no mesmo ano?

Com isso, a Academia abraçou o western dos irmãos Coen, consagrando a dupla após uma série de tentativas em anos anteriores.

O Paul Thomas Anderson até hoje continua sem a estatueta dourada.  

Já falei aqui no canal: o resultado mais justo seria o PT ter vencido Direção e “Onde os Fracos Não Têm Vez” levado Melhor Filme.