De Kate Winslet a Jamie Lee Curtis, Caio Pimenta traz as previsões iniciais para Melhor Atriz Coadjuvante no Oscar 2023.

CANDIDATAS IMPROVÁVEIS 

Sem ninguém ter visto “Avatar 2”, pensar na Kate Winslet e Sigourney Weaver como indicadas na categoria, neste momento, é algo bastante improvável.

Mas, como as duas são gigantes e estão em um filme capaz de ser um fenômeno, quem sabe? 

Sem corresponder toda a expectativa gerada, “The Son” está complicando até mesmo a vida do Hugh Jackman, imagina a Vanessa Kirby?

A Kate Hudson tem uma colega mais forte em “Entre Facas e Segredos 2” mesmo dilema da Patricia Clarkson em “She Said”. 

CORRENDO POR FORA 

Subindo um pouco mais as chances, a turma que corre por fora traz a oscarizada Laura Dern, por “The Son”. A atriz tem um pouco mais de destaque do que a Vanessa Kirby no longa, além de ser bastante querida e influente na Academia. Por isso, aparece com um pouco mais de chances. 

A Angela Bassett é uma das maiores estrelas negras da história de Hollywood, mas, indicada ao Oscar apenas uma vez pela cinebiografia de Tina Turner. “Wakanda Forever” pode ser uma chance da Academia reconhecê-la novamente.  

A Stephanie Hsu é uma das revelações do ano por conta da atuação em “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”. Com uma personagem fundamental para a jornada da protagonista, a dobradinha dela com a Michelle Yeoh é misteriosa e emocionante ao mesmo tempo. Infelizmente, uma colega dela tem mais chances, diminuindo a força dela. 

A filipina Dolly De Leon pode subir se “Triangle of Sadness” empolgar a Academia, porém, neste momento, a vejo distante da indicação.

Por fim, tem a Gabrielle Union, destaque de “The Inspection”. O problema é ela conseguir ser vista pelos colegas visto que o filme não deverá ter tanto destaque nas demais categorias. 

CHANCES MÉDIAS 

Um sucesso de Sundance pode aparecer em Atriz Coadjuvante. 

Cha Cha Real Smooth” ficou longe de ser o “Coda” da atual temporada, porém, pode descolar a primeira indicação da carreira da Dakota Johnson. Fazendo uma carreira marcada por trabalhos mais desafiadores após o hit de “Cinquenta Tons de Cinza”, ela traz uma atuação capaz de conquistar corações. Igual a Gabrielle Union, a Dakota terá que fazer “Cha Cha Real Smooth” ser descoberto por muitos membros da Academia.

Já a Samantha Morton está em “She Said”, drama jornalístico sobre a reportagem devastadora contra Harvey Weinstein. Com apenas 10 minutos em cena, ela tenta reviver casos como de Viola Davis, em “Dúvida”, e Regina King, por “Se a Rua Beale Falasse”, atuações curtas, mas, marcantes. Aqui, porém, será outro caso que compete com uma forte concorrente do mesmo longa. 

Três atrizes negras também chegam com chances médias na briga por uma das vagas. 

A Lashana Lynch está ótima em “A Mulher Rei” com uma personagem carismática e guerreira, dona de olhos que dizem tudo. Mas, seguindo a sina da categoria na temporada, ela concorre diretamente com uma colega de elenco. Se somente uma delas for nomeada, corre o risco de ser a esquecida.  

Já a Janelle Monáe saiu extremamente elogiada de Toronto com “Entre Facas e Segredos 2”. A questão é saber se o filme será capaz de levá-la longe ou ficará no meio do caminho.

A Whoopi Goldberg também pode estar na lista com “TIll”, drama em que, além de atuar, produz, algo sempre reconhecido pela Academia. 

Por fim, temos a Anne Hathaway com “Armageddon Time”. Interpretando a mãe do protagonista inspirada na matriarca da família do próprio diretor, o James Gray, ela está afastada do Oscar há praticamente 10 anos, quando venceu a estatueta por “Os Miseráveis”. Se o filme crescer na temporada, ela se fortalece bastante. 

GRANDES CHANCES 

Como disse, esta categoria está uma bagunça só com muitos pontos de interrogação pelo caminho. Para você ter uma ideia, são sete candidatas com grandes chances de nomeações. 

Muito disso culpa destas duas que poderiam estar facilmente em Melhor Atriz. 

A Universal Studios, por exemplo, decidiu colocar a Carey Mulligan em coadjuvante, deslocando a Zoe Kazan para principal por “She Said”. Evidente que se trata de uma estratégia visando uma possível chance de vitória de uma das grandes de sua geração.  

A Paramount ainda não bateu o martelo, mas, deve seguir o mesmo caminho com a Margot Robbie. A estrela de “Babilônia” pode ter a grande chance da carreira de levar o primeiro Oscar da carreira. Agora, se decidirem levá-la para Melhor Atriz, abre-se a possibilidade para a ótima Jean Smart em grande fase após o sucesso de “Hacks”. 

No meio de nomes para lá de conhecidos do público mundial, há também possibilidades de novidades vindas de filmes muito fortes da temporada. 

São os casos da Nina Hoss, parceira de Cate Blanchett em “TÀR”, Hong Chau bastante elogiado ao lado do Brendan Fraser por “The Whale” e ainda a Kerry Condon, o nome feminino de “The Banshees of Inisherin”.

Completa o time a revelação Thuso Mbedu que não se intimida com a Viola Davis e está ótima em “A Mulher Rei”. 

VAGAS GARANTIDAS 

Apesar de bastante disputa, há sim nomes com a vaga garantida em Melhor Atriz Coadjuvante. Duas delas, aliás, estão no mesmo filme. 

A Claire Foy e Jessie Buckley, ambas por “Women Talking”, devem ser as nomeações do drama da Sarah Polley repleto de opções para a categoria. Porém, aqui pesam o fato de ambas serem conhecidas, a antiga intérprete da Rainha Elisabeth já ter sido esnobada na categoria por “O Primeiro Homem” e a Buckley viver um grande momento. 

A Jamie Lee Curtis completa o time por “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”. É uma atuação completamente inusitada, divertida, vinda de uma atriz nunca antes nomeada ao Oscar. Isso tudo em um filme fortíssimo na atual temporada. 

Se a Jamie Lee Curtis não conseguir ser nomeada em 2023, melhor desistir.