Do patriarca da família mais famosa do cinema a um taxista em crise passando por um boxeador campeão e perturbado: grandes papéis não faltaram na carreira do Robert De Niro. Da comédia ao drama, ele brilhou em obras-primas históricas. 

Ao longo da carreira, foi indicado ao Oscar sete vezes, vencendo duas: a primeira em 1975 em Ator Coadjuvante com “O Poderoso Chefão – Parte II” e a segunda em 1980 com “Touro Indomável” em Melhor Ator.  

Por isso, chegou a hora de homenageá-lo e eleger quais foram as melhores e as piores indicações dele, além de escolher aquela esnobada absurda. 

7. O LADO BOM DA VIDA

Não precisa ser expert no Oscar e na carreira do De Niro para saber que esta era a pior indicação dele disparada. 

Em “O Lado Bom da Vida”, o Robert De Niro interpreta o pai do do Bradley Cooper e entrega um personagem correto, mas, sem muito a oferecer para que possa brilhar.

Chega a ser até triste vê-lo nomeado por este fraco filme do David O. Russell e não ter obtido o mesmo, por exemplo, pelo recente “O Irlandês”. 

Em 2013, ele perdeu para o Christoph Waltz, por “Django Livre”, em um ano que não foi dos mais inspirados em Ator Coadjuvante. 

6. O FRANCO-ATIRADOR 

Em 1979, o Robert De Niro foi indicado a Melhor Ator por “O Franco-Atirador”, do Michael Cimino. 

No longa, ele interpreta um sujeito comum que leva uma vida pacata em uma pequena cidade dos EUA. Porém, o protagonista vivido pelo De Niro acaba indo parar no inferno da Guerra do Vietnã e entra em uma luta cruel para sobreviver e, ao mesmo tempo, para preservar o mínimo de sanidade e humanidade possível. 

Ainda que esteja bem, o Robert De Niro não chega a ser o principal nome de “O Franco-Atirador”: o Christopher Walken, na minha visão, rouba a cena.

Na corrida de Melhor Ator, ele perdeu para o Jon Voight, de “Amargo Regresso”. 

5. TEMPO DE DESPERTAR 

Em 1991, o Robert De Niro foi indicado a Melhor Ator por “Tempo de Despertar”, da Penny Marshall. 

Atuação Oscar bait à parte, o astro realiza uma primeira parte do filme brilhante com a rigidez do corpo do protagonista angustiante e uma comovente tentativa de recuperação do tempo perdido com uma doçura rara de ser vista em seus personagens. A metade final mantém a forte interpretação corporal, apesar de parecer excessivo em certos momentos. 

Essa é uma indicação controversa porque o protagonista, de fato, é o Robin Williams em uma atuação emocionante, mas, muito internalizada. O Robert De Niro, porém, com uma interpretação mais física acaba sendo mais chamativo.

De qualquer modo, ele perdeu a estatueta para o Jeremy Irons, de “O Reverso da Fortuna”. 

4. CABO DO MEDO 

No ano seguinte a “Tempo de Despertar”, o Robert De Niro voltou a ser nomeado em Melhor Ator, agora, por “Cabo do Medo”. 

No longa do Martin Scorsese, ele transborda fúria e intensidade como o psicopata Max Cady. É, sem dúvida, um dos vilões mais icônicos e assustadores da história do cinema. 

Pena que o De Niro encarou outra atuação monstruosa: o Anthony Hopkins vivendo Hannibal Lecter em “O Silêncio dos Inocentes”.  

3. O PODEROSO CHEFÃO – PARTE 2 

Era uma tarefa ingrata: como viver a versão mais jovem de um personagem que foi imortalizado por Marlon Brando, ganhador do Oscar, em uma das maiores obras-primas da história do cinema? 

Bem, essa é uma missão para gigantes e Robert De Niro provou ser um na segunda parte de “O Poderoso Chefão”. 

Não se trata apenas de incorporar trejeitos ou repetir o modo de falar de Brando; o trabalho de De Niro apresenta novas facetas a Vito Corleone.

Compreendemos com maior riqueza de detalhes o motivo dele ter construído tamanho império graças à inteligência, senso de oportunidade e precisão em momentos cruciais. 

2. TAXI DRIVER 

Obra-prima do Martin Scorsese, “Taxi Driver” rendeu a primeira indicação de Robert De Niro a Melhor Ator. 

O astro simboliza à perfeição a desintegração mental de um ex-combatente do Vietnã em uma hostil e underground Nova York dos anos 1970.

São momentos icônicos em sucessão como a clássica ‘You´re Tallking To Me” e o sanguinolento desfecho. 

O De Niro acabou perdendo o Oscar para o Peter Finch, de “Rede de Intrigas”, outra atuação de mesmo nível com o adicional da comoção pela morte dele meses antes da cerimônia. 

1. TOURO INDOMÁVEL 

A melhor atuação entre as indicações do Robert De Niro ao Oscar rendeu a ele a segunda estatueta da carreira. 

Em 1980, ele venceu Melhor Ator por “Touro Indomável”. É um trabalho que tem de tudo: desafio físico, intensidade, fúria, indo do auge à decadência em um desempenho de pura entrega.

Pode ser considerado como o maior desempenho masculino a vencer um Oscar sem parecer exagerado. 

A MAIOR ESNOBADA

Ok, já falei das indicações, mas, agora, vamos às atuações esnobadas.  

E não faltaram grandes desempenhos deixados de lado pelo Oscar: tem “New York, New York”, “Os Intocáveis”, “Os Bons Companheiros”, “Cassino”, “Jackie Brown” e, mais recentemente, “O Irlandês”.  

A maior ausência, entretanto, veio de um grande filme de 1982. 

Outra parceria com o Martin Scorsese, “O Rei da Comédia” mostra o De Niro demonstra toda a habilidade no humor em um personagem deliciosamente paranoico.

Foi um trabalho tão marcante que acaba sendo homenageado no recente “Coringa”. 

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