Acabou! A Netflix encerra a série de derrotas em Melhor Animação no Oscar com a conquista de “Pinóquio”. O streaming já rondava esta estatueta não era de hoje. 

As primeiras nomeações do estúdio aconteceram na cerimônia de 2020 com “Eu Perdi Meu Corpo” e “Klaus”. A aventura natalina até chegou com possibilidades de vencer o prêmio, mas, esbarrou na força de “Toy Story 4”. No ano seguinte, a aposta foi na obra chinesa “A Caminho da Lua”, atropelada pelo sucesso de “Soul”. Já em 2022, “A Família Mitchell” até era melhor, mas, como parar “Encanto”? 

Neste ano, a Disney/Pixar fizeram tudo errado com “Lightyear” e “Mundo Estranho”, emplacando apenas o simpático “Red – Crescer é uma Fera”. Sem esta concorrência, a Netflix teve caminho livre para não apenas vencer com “Pinóquio”, mas, também ainda concorrer com “A Fera do Mar”.


O prêmio também mostra o prestígio impressionante do Guillermo Del Toro na Academia. Somando “O Labirinto do Fauno”, “A Forma da Água” e “Pinóquio” são oito estatuetas para filmes do mexicano, fora a nomeação de “O Beco do Pesadelo” na temporada do ano passado. 

Em “Pinóquio”, o Del Toro mostra como uma história infantil pode e deve falar sobre assuntos delicados como fascismo e morte, por exemplo. Com lirismo, poesia e bom humor, o mexicano faz uma obra capaz de dialogar com os mais diversos públicos, respeitando a inteligência de todos eles. Fora que deixar qualquer insensível emocionado com aquele final. 

Na comparação com os vencedores de outras edições, “Pinóquio” está na frente de “Encanto” e “Toy Story 4”, empata com “Soul” e perde do excelente “Aranhaverso”.