Falou em Oscar de Melhor Atriz, falou em Frances McDormand.
Pela terceira vez, ela conquista o prêmio. As duas anteriores foram por “Fargo” e “Três Anúncios Para um Crime”. Agora, é a vez de “Nomadland”.
Com esse resultado, a Frances se aproxima da Katharine Hepburn, a maior ganhadora da categoria com quatro estatuetas.
Porém, para chegar neste patamar, a lenda do cinema concorreu 12 vezes, enquanto a estrela de “Nomadland” venceu todas as vezes em que foi indicada.
E ainda tem outro marco histórico em jogo neste Oscar: caso “Nomadland” vença Melhor Filme, ela se torna a primeira atriz a vencer como produtora do longa que protagonizou.
RESPEITO IMENSO DA INDÚSTRIA
Tudo isso dá uma dimensão do quão respeitada é a Frances McDormand dentro da Academia e da própria indústria.
Muito se fala – com razão – da Meryl Streep, mas, sem ter tanta mídia e não fazer questão nenhum pouco dela, ela coleciona uma série de trabalhos com gigantes do cinema americano – gente do naipe dos irmãos Coen, Cameron Crowe, Wes Anderson, entre outros. Agora, se junta a esse time a incrível Chloé Zhao.
A vitória em “Nomadland” também se mostra um acerto por mostrar uma escolha mais ousada diante do que costumamos a ver premiadas nas categorias de atuação. Frances adota um trabalho mais contido, introspectivo e intimista de uma personagem calada e reflexiva, ma,s não menos emocionante.
Ainda assim, dá para lamentar demais as derrotas da Carey Mulligan, novamente esnobada pela Academia, e também da Viola Davis. Afinal, se uma atriz negra deveria ser a segunda a vencer o Oscar que fosse ela, uma gigante do cinema norte-americano.
Fazendo uma análise dos últimos 10 anos, a Andra Day se coloca bem superior, por exemplo, à Renée Zellweger, Julianne Moore e Jennifer Lawrence, mas, abaixo da Olivia Colman, Emma Stone, Cate Blanchett e dela mesma em “Três Anúncios Para um Crime”.