Yun-Jung Youn.
Vencedora de Melhor Atriz Coadjuvante por “Minari”, ela é a primeira mulher vencedora de um SAG no cinema por um filme não falado em inglês. Entre os homens, o feito ficou por conta do Roberto Benigni, em 1999, por “A Vida é Bela”.
Se a missão de um bom coadjuvante, a Yun-Jung Youn faz isso com méritos.
Interpretando a avó chegando à casa da família, ela se torna o alívio cômico na divertida interação com o neto que tem medo dela. Os dois chegam a uma interação tão bonita que, muitas vezes, tiram o foco da trama central envolvendo o Steven Yeun e Ye-ri Han.
E O OSCAR?
Em 18 das 26 edições, quem levou o SAG de Melhor Atriz Coadjuvante também venceu o Oscar da categoria. Há também os casos da Kate Winslet, de “O Leitor”, em 2009, que levou coadjuvante e venceu Melhor Atriz na Academia.
Nos últimos 10 anos, somente a Emily Blunt, de “Um Lugar Silencioso”, não repetiu a dobradinha.
Para um Oscar que tem tudo para ser marcado pela diversidade com uma mulher vencendo em direção e dois negros ganhando entre as atuações masculinas, a tendência, a partir de agora, é de favoritismo claro da Yun-Jung Youn.
Afinal, poderia ser uma sinalização da Academia para os asiáticos tanto de Hollywood quanto do próprio mercado, hoje, extremamente fundamental para os grandes estúdios do cinema americano.
Também ajudaria para compensar as esnobadas ao elenco de “Parasita” em 2020.
Uma nova vitória no Bafta praticamente garante o Oscar para a Youn.
Ajuda ainda o fato das principais rivais serem bem divisivas – a Bakalova, por exemplo, é aquele tipo de atuação ame ou deixe-o, enquanto a Glenn Close pode até ser amada por Hollywood, porém, sofre com um filme bastante criticado.
Logo, o favoritismo parece consolidado para “Minari”.