Realizado anualmente na Suíça, o tradicional Festival de Locarno terá um toque de Manaus neste ano. Gravado na capital amazonense ano passado, “A Febre” está na disputa pelo Leopardo de Ouro, o prêmio máximo do evento previsto para acontecer entre os dias 7 e 17 de agosto.
Co-produção entre Brasil, Alemanha e França, o filme acompanha a história do indígena de 45 anos chamado Justino, vigilante em um porto de cargas e morador da periferia de Manaus. Desde a morte da sua esposa, sua única companhia tem sido sua filha Vanessa, mas ela está de partida para estudar medicina em Brasília. Sob o sol escaldante e as chuvas tropicais, Justino esforça-se para manter-se concentrado no trabalho. Com o passar dos dias, ele é tomado por uma febre forte. Em seus sonhos, uma criatura vagueia perdida pela floresta. Na televisão, o noticiário fala de um animal selvagem que ronda o bairro. Justino acredita que está sendo seguido, mas não sabe se quem o persegue é um animal ou um homem.
A equipe local de “A Febre” contou com nomes como a diretora de fotografia Valentina Ricardo e o ator/diretor Diego Bauer, entre outros. A direção do projeto fica por conta de Maya Da-Rin, filha dos diretores Silvio Da-Rin e Sandra Werneck. Antes deste trabalho, ela já havia comandado os curtas “E Agora, José?” (2002) e “Versão Francesa” (2011), além dos documentários “Margem” (2007) e “Terras” (2009).
“A Febre” não será o único filme brasileiro no Festival de Locarno 2019: “Swinguerra”, de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca, está na mostra inventiva Moving Ahead, enquanto “Carne”, de Camila Cater, e “Chão de Rua”, comandado por Tomás von der Osten disputam a Pardi di Domani. Sucessos recentes do cinema nacional como “Temporada” e “As Boas Maneiras” tiveram boas participações na Suíça.
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