De Chadwick Boseman a Bill Murray, Caio Pimenta traz as primeiras previsões sobre os possíveis indicados ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante em 2021.
POUCAS CHANCES
O Lucas Hedges, por “Saída Francesa”, Bo Burnham, de “Promising Young Woman”, Richard Jenkins, por “Kalijillionaire”, Michael Stuhlbarg, de “Shirley”, Billy Crystal, por “Standing Up, Falling Down”, Marlon Wayans, de “Respect” e Brian Dennehy, por “Driveways”.
Exceto para a Michelle Pfeiffer, as críticas para “Saída Francesa” não foram nada generosas. Com isso, o Lucas Hedges deu uma bela queda nessa disputa.
Dos demais citados, vale uma atenção para o Richard Jenkins, um ator que vem emplacando ótimos bons papéis e sempre tem sido lembrado nas temporadas de premiações, e o Billy Crystal, que é um cara muito ligado à Academia por ter apresentado o Oscar diversas vezes. Pode ser que eles cresçam com o tempo.
O Brian Dennehy corre por fora com “Driveways”, um filme pequeno, mas, muito elogiado. E vale lembrar que seria uma indicação póstuma: ele morreu em abril deste ano.
CHANCES MÉDIAS
A turma com chances médias inclui o Orion Lee, por “First Cow”, o Forest Whitaker, por “Respect”, Shia Labeouf, de “Pieces of a Woman”, Willem Dafoe, de “O Beco das Almas Perdidas”, Clarke Peters, por “Destacamento Blood”, Richard E. Grant, por “Everyboyd´s Talking About Jamie”, e o trio de “Mank”, Charles Dance, Tom Pelphrey e Tom Burke.
O Shia Labeouf pode ser eclipsado pelo trabalho impressionante da Vanessa Kirby em “Pieces of a Woman”, enquanto o Forest Whitaker tem chances de escapar disso pela trajetória dele em Hollywood e até menos resistência ao nome dele do que ao ex-astro de “Transformers”.
Correndo por fora na maioria das categorias, “First Cow” encontra a maior chance de indicação aqui com o Orion Lee. Além do ótimo trabalho, seria uma forma acenar para uma maior inclusão dos asiáticos na cerimônia.
O Willem Dafoe é um mistério porque não dá para saber se o remake comandado pelo Guillermo Del Toro fica ou não pronto a tempo do Oscar. Já o Clarke Peters enfrenta fogo amigo na disputa interna em “Destacamento Blood”.
Por fim, acho que o Richard E. Grant e alguém do trio de “Mank” tem tudo para crescer e ver as chances aumentarem. De todos eles, eu aposto no Tom Burke, que interpreta o Orson Welles.
ALTAS CHANCES
Os favoritos para as cinco vagas são o Chadwick Boseman, por “Destacamento Blood” e “A Voz Suprema do Blues”, David Strathairn, por “Nomadland”, Lakeith Stanfield, por “Judas e o Messias Negro”, Leslie Odom Jr e Eli Goree, de “One Night in Miami”, Bill Murray, por “On the Rocks” e o elenco de “Os Sete de Chicago”.
O filme do Aaron Sorkin que estreia justamente no dia que estou lançando este vídeo é um arsenal de possibilidades para a categoria: se o Sacha Baron Cohen não for para a Melhor Ator, ele se aproxima demais de uma das vagas. Talvez o filme belisque mais uma indicação e as chances crescem para o Frank Langella e o Yahya Abdul-Mateen II. Igual “Os Sete de Chicago”, “One Night in Miami” tem muitas possibilidades, as maiores residindo em Leslie Odom Jr e Eli Goree.
Com a Warner apostando em peso em “Judas e o Messias Negro”, o Lakeith Stanfield é nome praticamente certo no Oscar. Do favorito ao prêmio, “Nomadland”, vem o David Strathairn, também muito forte para ser indicado. E com tanta gente assim, é uma pena que o Bill Murray, de “On the Rocks”, corra o risco de cair fora.
Agora, vamos daquele falar que é o grande favorito para levar o prêmio.
O Chadwick Boseman tem mais chances de aparecer em “A Voz Suprema do Blues” ainda que possa surgir com “Destacamento Blood” em uma dupla nomeação. A Netflix poderia optar por evitar um embate entre os dois trabalhos, porém, como as chances de indicação em Melhor Ator são incertas pelo musical do George C. Wolfe, o serviço de streaming parece que não vai arriscar e buscará o Oscar para homenagear o eterno Pantera Negra.
Neste momento, eu acho que o Chadwick Boseman, de “A Voz Suprema do Blues”, o David Straithairn, de “Nomadland”, Lakeith Stanfield, por “Judas e o Messias Negro”, Sacha Baron Cohen e o Yahya Abdul-Mateen II, por “Os Sete de Chicago” serão os indicados.