- Teste Trinity, em “Oppenheimer” – 105 PONTOS
- Discussão do Casal, em “Anatomia de uma Queda” – 54 PONTOS
- Encontro de Sammy com John Ford, em “Os Fabelmans” – 49 PONTOS
- I´m Just Ken, em “Barbie” – 36 PONTOS
- A Aparição Surpresa na Radionovela, em “Assassinos da Lua das Flores”, e A Regência, em “TÁR” – 25 PONTOS
Caio Pimenta
- Sammy Fabelman encontra John Ford, de “Os Fabelmans”
- A caótica gravação do filme sonoro, de “Babilônia”
- O áudio da discussão, de “Anatomia de uma Queda”
- A Fatídica Aula, de “TÁR”
- A Conversa Pai e Filha, de “Homem-Aranha Através do Aranhaverso”
- Trinity, de “Oppenheimer”
- Passeio pelo cinema fantasma, de “Retratos Fantasmas”
- O Olhar da Mãe Após Apresentação do Filho, de “Pedágio”
- O culto evangélico, de “Mato Seco em Chamas”
- Morte Projecionista, de “Pearl”
Qualquer um que gosta de cinema ficou com um sorriso no rosto ao ver o encontro de três gênios na cena que fecha “Os Fabelmans”. Damien Chazelle pode ser pretensioso o quanto for, mas, desde que se desafie ao extremo como visto nesta espetacular sequência, eu aceito. Um tribunal e uma sala de aula renderam dois dos momentos mais tensos do cinema destes últimos 12 meses. As cores de “Aranhaverso”, o apogeu técnico de Nolan, a incrível capacidade de filmar de KMF, o olhar de repúdio de Maeve, um olhar raro do cinema brasileiro para o neopentecostalismo e os requintes de crueldade do terror do ano fizeram 2023 valer a pena.
Camila Henriques
- A aparição surpresa na radionovela, de “Assassinos da Lua das Flores”
- A briga, de “Anatomia de uma Queda”
- A chama, de “Leme do Destino”
- I’m Just Ken, de “Barbie”
- Experiência Trinity, de “Oppenheimer”
- Sammy descobre a traição, de “Os Fabelmans”
- Discussão em Juilliard, de “TÁR”
- Porto Solidão, de “Noites Alienígenas”
- Priscilla deixa Graceland, de “Priscilla”
- A reação de Jean ao discurso de Margaret Tatcher, de “Blue Jean”
A primeira colocada foi imbatível pra mim, de um jeito que eu queria levantar sozinha para aplaudir no cinema. Outros momentos que já são memoráveis marcaram Barbie, Anatomia de Uma Queda, Tár e Os Fabelmans. Talvez eu seja meio vendida a cenas com música, porque ainda considerei o último show em Nosso Sonho, a montagem ao som de Complicated, da Avril Lavigne, em Bottoms, ou a performance final em Acampamento de Teatro. Logo, não deu para resistir aos encerramentos de Priscilla e Noites Alienígenas. Júlio Bressane faz de um papel pegando fogo um momento de cinema puro. O nono colocado, Blue Jean, é a minha dica de filme de 2023 a ser descoberto.
Danilo Areosa
- Teste da Bomba, de “Oppenheimer”
- O Abraço, de “A Menina Silenciosa”
- Despedida de Priscilla, de “Priscilla”
- A Escadaria, de “John Wick 4: Baba Yaga”
- Cena do Jantar, de “Tia Virginia”
- Festa/Orgia, de “Babilônia”
- Encontro com John Ford, de “Os Fabelmans”
- Cena da Manobra, de “O Sequestro do Voo 375”
- Godzilla Ataca o barco, de “Godzilla Minus One”
- Rave ao Som de Uma Noite e Meia, de “Medusa”
2023 teve grandes cenas. A dúvida maior ficou entre escolher a singela (e emocionalmente impactante) cena do abraço que encerra o ótimo A Menina Silenciosa e o teste da bomba de Oppenheimer. Acabou que a experiência no escuro da sala de cinema falou mais alto: a cena em si é a cinética no seu estágio mais bruto extasiante, o famoso “This Is Cinema”, por reunir imagem, som e montagem numa voltagem imersiva. É pra isso que a gente gasta nosso humilde dinheirinho no escurinho do cinema: ter a magia cinematográfica ao nosso lado.
Gustavo Jordan
- Trinity, de “Oppenheimer”
- Cena final, de “Decisão de Partir”
- Sammy Fabelman conhece John Ford, de “Os Fabelmans”
- Alienígena rouba o asteroide, de “Asteroid City”
- Luta Kamen Rider 01 e Hachi Augment-01, de “Shin Kamen Rider”
- Salto de moto, de “Missão: Impossível – Acerto De Contas Parte 1”
- I’m Just Ken, de “Barbie”
- Conversa Oppenheimer e Einstein na cena final, de “Oppenheimer”
- Sequência de abertura e primeira transformação, de “Shin Kamen Rider”
- Cena final, de “Shin Kamen Rider”
Trinity, ou o primeiro teste da bomba atômica, é o grande momento de Oppenheimer. Existe tensão, nervosismo, seguidos do fogo, a luz, o silêncio e, por fim, o estrondoso som da explosão. Podemos até dizer que o filme é dividido em duas partes: o antes e o depois da primeira explosão, que resultou nas bombas que atingiram o Japão e encerraram a Segunda Guerra Mundial. É quando Oppenheimer vê o seu experimento resultando na morte de milhares de pessoas. Como o próprio filme diz, Oppenheimer não queria ser reconhecido pelas bombas do Japão, mas sim pelo seu feito científico em Trinity.
Ivanildo Pereira
- Teste da bomba, de “Oppenheimer”
- “I´m Just Ken”, de “Barbie”
- John Wick e a espingarda incendiária, de “John Wick 4: Baba Yaga”
- Abertura, de “O Assassino”
- Monólogo sobre a condição da mulher, de “Barbie”
- Mulheres abrem fogo contra os nazistas, de “Sisu”
- Guardiões em ação, de “Guardiões da Galáxia: Volume 3”
- A sessão, de “Fale Comigo”
- Perseguição em Roma, de “Missão Impossível: Acerto de Contas – Parte 1”
- Batalha de Austerlitz, de “Napoleão”
Ridley Scott pode não fazer mais grandes filmes, mas ainda sabe encenar grandes cenas. Dois momentos de ação se destacaram e fizeram o público vibrar, as cenas de Sisu e Missão Impossível. Em Guardiões 3, James Gunn se despediu dos seus personagens da forma mais heroica possível, com um plano-sequência cheio de efeitos e exclamações dos espectadores, ao som de “No Sleep Till Brooklyn” dos Beastie Boys. Barbie foi tão especial que aparece aqui duas vezes: um número musical divertidíssimo e uma cena de uma pessoa falando – geralmente não curto isso, mas essa não houve como ignorar. No começo de O Assassino, temos David Fincher mais cerebral do que nunca, construindo uma atmosfera fantástica com uma surpresa ao final. Boa parte da hora final de John Wick 4 poderia entrar aqui, mas destaquei o momento daquele plongée explosivo, que não faço ideia de como foi feito. A cena de Fale Comigo é tensão pura, e o primeiro lugar, claro, não poderia ser outro. Quem viu, no cinema, viu. E é isso.
Pâmela Eurídice
- A regência, em “TÁR”
- A briga de Sandra e Samuel, em “Anatomia de uma Queda”
- A partida de Seo Rae, em “Decisão de Partir”
- O teste da bomba atômica, em “Oppenheimer”
- Porrada na rotatória do Arco do Triunfo, em “John Wick 4”
- Os Osage descobrindo petróleo em suas terras, em “Assassinos da Lua das Flores”
- Lucy Gray se salvando das cobras cantando “The old therebefore”, em “Jogos Vorazes: A cantiga dos pássaros e das serpentes”
- O abraço no carro, em “O acidente”
- A apresentação final, em “Flora e filho”
- O discurso sobre a vida de Sir William, em “Living”
Quando penso nas cenas do ano, destaco aquelas que ficaram em minha mente mesmo depois de meses de ter assistido a esses filmes, algumas, de certa forma, moldaram a visão que tive de alguns personagens ou da própria trama como a apresentação em “Flora e Filho” e o abraço trocado no carro de “O acidente”. Nessa mesma perspectiva, as cinco primeiras cenas escolhidas, a sua maneira, entraram para a história do cinema, seja pela interpretação visceral de Cate Blanchett alinhada as escolhas de ângulos de Todd Field, o emblemático suicídio de “Decisão de Partir”, o momento histórico do teste da bomba atômica que tão meticulosamente Nolan nos oferece, como Justine Triet mostra outra forma de captar uma briga ou ouvir um áudio em julgamento, seja pela parceria entre Chad Stahelski e Keanu Reeves responsável por nos dar um novo prisma do Arco do Triunfo e o porquê da travessia na rotatória ser proibida.
COMO FUNCIONA O SISTEMA DE PONTUAÇÃO DO CINE SET:
Cada um dos críticos do Cine SET elege o seu ‘TOP 10’. Critério leva em conta filmes lançados nos cinemas, streaming ou televisão no Brasil entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2023.
Para cada lista, fizemos a pontuação:
1º lugar – 25 pontos
2º lugar – 18 pontos
3º lugar – 15 pontos
4º lugar – 12 pontos
5º lugar – 10 pontos
6º lugar – 8 pontos
7º lugar – 6 pontos
8º lugar – 4 pontos
9º lugar – 2 pontos
10º lugar – 1 ponto
Depois, tudo é somado e chegamos ao resultado final!
