- Martin Scorsese, de “Assassinos da Lua das Flores” – 136 PONTOS
- Christopher Nolan, de “Oppenheimer” – 96 PONTOS
- Justine Triet, de “Anatomia de uma Queda” – 78 PONTOS
- Todd Field, de “TÁR” – 69 PONTOS
- Greta Gerwig, de “Barbie” – 62 PONTOS
Caio Pimenta
- Martin Scorsese, de “Assassinos da Lua das Flores”
- Christopher Nolan, de “Oppenheimer”
- Justine Triet, de “Anatomia de uma Queda”
- Todd Field, de “TÁR”
- Steven Spielberg, de “Os Fabelmans”
- Park Chan-wook, de “Decisão de Partir”
- Sofia Coppola, por “Priscilla”
- Greta Gerwig, de “Barbie”
- Wes Anderson, de “Asteroid City”
- Ira Sachs, de “Passagens”
“Assassinos da Lua das Flores” é Scorsese da primeira prateleira, logo, fica impossível competir. Nolan, entretanto, não fica muito atrás como um grande maestro de uma obra impecável do ponto de vista técnico. O rigor de Field, o discurso político e social muito bem calibrado de Triet a partir de um filme que poderia ser padrão, a nostalgia de Spielberg, Chan-Wook homenageando Hitchcock e De Palma, Coppola novamente o ambiente sufocante de ser uma mulher, a acidez e ironia de Greta, Wes Anderson se reinventando, a habilidade do ótimo contador de histórias que Sachs é… Não podemos reclamar da safra de diretores de 2023.
Camila Henriques
- Martin Scorsese, de “Assassinos da Lua das Flores”
- Steven Spielberg, de “Os Fabelmans”
- Justine Triet, de Anatomia de uma queda”
- Aki Kaurismaki, de “Folhas de Outono”
- Todd Field, de “TÁR”
- Christian Petzold, de “Afire”
- Kelly Fremon Craig, de “Crescendo Juntas”
- Sofia Coppola, de “Priscilla”
- Sarah Polley, de “Entre Mulheres”
- Greta Gerwig, de “Barbie”
Danilo Areosa
- Christopher Nolan, de “Oppenheimer”
- Martin Scorsese, de “Assassinos da Lua das Flores”
- Hirokazu Kor-eda, de “Monster”
- Christian Petzold, de “Afire”
- Sofia Coppola, de “Priscilla”
- Fábio Meira, de “Tia Virginia”
- Darren Aronofsky, de “A Baleia”
- Steven Spielberg, de “Os Fabelmans”
- Kelly Fremon Craig, de “Crescendo Juntas”
- Colm Bairéad, de “A Menina Silenciosa”
Menções Honrosas: Daniel Bandeira, de “Propriedade”; Damien Chazelle, de “Babilônia”, André Novais, de “O Dia Depois que Te Conheci”.
Tenho várias restrições sobre o cinema de Christopher Nolan e vejo alguns problemas na maioria de seus filmes, mas dessa vez reconheço: são poucos os cineastas hoje no cinema hollywodiano que ainda se importam em proporcionar uma experiência sensorial acachapante ao povão no escurinho da sala cinematográfica. E Oppenheimer é isso na sua essência. No alto dos seus 80 anos nas costas, Martin Scorsese continua a todo vapor no seu cinema plástico com Assassinos da Lua das Flores. A cada novo trabalho, Christian Petzold e Sofia Coppola vão mostrando a maturidade do seu cinema intimista em trabalhar o simbólico dos seus personagens. Falando deste olhar subjetivo, Hirokazu Kor-eda, Spielberg, Fabio Meira e Darren Aronofsky mergulham fundo nas raízes familiares para mostrarem o que existe de belo e feio nestes contextos. Já Kelly Fremon Craig e Colm Bairéad através de crianças, revelam as inquietações deste meio com muita delicadeza e sensibilidade.
Gustavo Jordan
- Christopher Nolan, de “Oppenheimer”
- Hideaki Anno, de “Shin Kamen Rider”
- Wes Anderson, de “Asteroid City”
- Martin Scorsese, de “Assassinos da Lua das Flores”
- Kleber Mendonça Filho, de “Retratos Fantasmas”
- Greta Gerwig, de “Barbie”
- Park Chan-wook, de “Decisão de Partir”
- Steven Spielberg, de “Os Fabelmans”
- M. Night Shyamalan, de “Batem à Porta”
- Christopher McQuarrie, de “Missão Impossível: Acerto de Contas – Parte I”
Nolan conseguiu criar uma legião de fãs e detratores ao longo dos anos. Seus admiradores defendiam que seus filmes eram intelectuais e geniais, enquanto seus críticos consideravam que ele era pretensioso demais. Sempre fiz parte do segundo grupo, mas não posso deixar de elogiar seu trabalho em Oppenheimer, desde a construção não convencional de histórias lineares até o seu trabalho técnico com efeitos especiais, explosões e cenas dramáticas. Outros destaques vão para Hideaki Anno e Wes Anderson e posso até dizer que esses três talvez tenham feito os melhores filmes de suas carreiras em 2023.
Ivanildo Pereira
- Christopher Nolan, de “Oppenheimer”
- Martin Scorsese, de “Assassinos da Lua das Flores”
- Christian Petzold, de “Afire”
- Greta Gerwig, de “Barbie”
- Hirokazu Kore-eda, de “Monster”
- Justine Triet, de “Anatomia de Uma Queda”
- Sofia Coppola, de “Priscilla”
- Rodrigo Sorogoyen, de “As Bestas”
- Kleber Mendonça Filho, de “Retratos Fantasmas”
- Molly Manning-Walker, de “How to Have Sex”
Em 2023, uma coisa ficou clara: em meio a tantos filmes parecidos – ou pior, aparentemente concebidos por IA – o olhar do diretor fez diferença. Houve grandes trabalhos de sensibilidade altamente pessoal, como os de Mendonça Filho, Petzold e Kore-eda. As mulheres se destacaram muito, a meu ver, com trabalhos de direção precisos, sensíveis e ousados, como os filmes dirigidos por Gerwig, Coppola, Manning-Walker e Triet. Sorogoyen pegou o que poderia ser um mero suspense e o transformou em algo perturbador de fato, e a lenda viva Scorsese provou de novo porque é um dos maiores de todos os tempos. E por fim, Nolan aliou muitas dessas características a um senso de espetáculo, visão histórica e, por que não, também uma dose de intimismo. Ele ousou, exigiu de si mesmo e do público, e fez algo marcante, que definitivamente não poderia ter saído de uma visão por comitê.
Lucas Lopes Aflitos
- Raine Allen Miller, de “Rye Lane: Um Amor Inesperado”
- Todd Field, de “TÁR”
- Justine Triet, de “Anatomia de uma Queda”
- Keila Sankofa, de “Alexandrina – Um Relâmpago”
- Greta Gerwig, de “Barbie”
- Martin Scorsese, de “Assassinos da Lua das Flores”
- Carlos Segundo, de “Big Bang”
- Martin McDonagh, de “Os Banshees de Inisherin”
- Colm Bairéad, de “A Menina Silenciosa”
- Paolo Taviani, de “Adeus, Leonora”
Não poderia ser diferente esse top 10 com a Raine Allen Miller no topo. “Rye Lane” não é uma comédia romântica qualquer, mas uma comédia romântica com dois protagonistas negros sobrevivendo e pertencendo à cidade. Suas ferramentas para contar essa história dão um tom e te chama para testemunhar essa comunhão. Keila Sankofa é outra diretora negra nesta lista que merece atenção, “Alexandrina” é um marco no cenário manauara. Aliás, deveríamos dar mais atenção aos curta-metragens, assim como “Alexandrina” outro curta que tem uma direção impecável é “Big Bang”. De resto, novos clássicos desses diretores já consagrados.
Lucas Pistilli
- Todd Field, por “TÁR”
- Emerald Fennell, por “Saltburn”
- Greta Gerwig, por “Barbie”
- Darren Aronofsky, por “A Baleia”
- Lukas Dhont, por “Close”
- Felix van Groeningen e Charlotte Vandermeersch, por “As Oito Montanhas”
- Gregorio Graziosi, por “Tinnitus”
- Marie Kreutzer, por “Corsage”
- Makoto Shinkai, por “Suzume”
- Christopher Nolan, por “Oppenheimer”
Todd Field protagonizou o retorno mais celebrado entre os cinéfilos em 2023, mas o ano também teve outros destaques. Emerald Fennell e Greta Gerwig trabalharam em cima do potencial que já mostravam e entregaram seus filmes mais populares até agora. Lukas Dhont e a dupla Felix van Groeningen e Charlotte Vandermeersch provaram que os cineastas belgas ainda sabem emocionar o público como poucos. E ao apostar em uma biografia, Christopher Nolan entregou seu melhor filme em 15 anos.
Marcos Faria
- M. Night Shyamalan, por “Batem à Porta”
- Joana Pimenta e Adirley Queirós, por “Mato Seco em Chamas”
- Steven Spielberg, por “Os Fabelmans”
- Martin Scorsese, por “Assassinos da Lua das Flores”
- Chad Stahelski, por “John Wick 4: Baba Yaga”
- Julio Bressane, por “Capitu e o Capítulo”
- Guto Parente, por “Estranho Caminho”
- Todd Field, por “TÁR”
- Aki Kaurismäki por “Folhas de Outono”
- Molly Manning Walker, por “How to Have Sex”
Eu acho que Christopher McQuarrie vai me perdoar por tê-lo trocado por Julio Bressane nesta lista. O carioca, além de ter lançado Capitu e o Capítulo no circuito comercial, também exibiu outros dois filmes em festivais em 2023: “Leme do Destino”, do qual não gostei, e o monolítico “A Longa Viagem do Ônibus Amarelo”, um monumento de sete horas que passeia pela história de sua obra e, consequentemente, do cinema. Este último seria facilmente o melhor filme de 2023 caso tivesse chegado às salas comerciais no ano passado. Fica pra lista de 2024, tomara.
Pâmela Eurídice
- Justine Triet, por “Anatomia de uma queda”
- Martin Scorsese, por “Assassinos da Lua das Flores”
- Adirley Queirós e Joana Pimenta, por “Mato Seco em Chamas”
- Greta Gerwig, por “Barbie”
- Lukas Dhont, por “Close”
- Park Chan-wook, por “Decisão de Partir”
- Sarah Polley, por “Entre Mulheres”
- Kleber Mendonça Filho, por “Retratos Fantasmas”
- Christopher Nolan, por “Oppenheimer”
- Alice Diop, por “Saint Omer”
Há uma perspectiva autoral e criativa nos diretores que figuram nesta lista. Barbie veio para consolidar a direção de Greta, principalmente na relação com o público. Já seu companheiro de Barbieheimer, mostra mais uma vez seu apreço pela técnica e a construção de uma história que em outras mãos cairia no enfado e lugar-comum, Nolan entrega ainda uma cinebiografia com fôlego renovado a cada hora. Em contraponto a ele, Dhont mostra uma sensibilidade ímpar na tênue amizade dos dois garotos. Adirley Queirós e Joana Pimenta nos mostram um novo olhar para a produção nacional, enquanto Kleber Mendonça Filho provoca-nos a refletir sobre cinema, arte e a história da cidade. Por fim, abro e fecho essa lista com duas mulheres que dirigiram filmes de tribunais. Perspectivas novas, curiosas e atraentes. Ah, e Scorsese é Scorsese.
COMO FUNCIONA O SISTEMA DE PONTUAÇÃO DO CINE SET:
Cada um dos críticos do Cine SET elege o seu ‘TOP 10’. Critério leva em conta filmes lançados nos cinemas, streaming ou televisão no Brasil entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2023.
Para cada lista, fizemos a pontuação:
1º lugar – 25 pontos
2º lugar – 18 pontos
3º lugar – 15 pontos
4º lugar – 12 pontos
5º lugar – 10 pontos
6º lugar – 8 pontos
7º lugar – 6 pontos
8º lugar – 4 pontos
9º lugar – 2 pontos
10º lugar – 1 ponto
Depois, tudo é somado e chegamos ao resultado final!