Chegou a hora de revelar quais são os filmes selecionados para a tão aguardada Mostra Norte da quarta edição do Festival Olhar do Norte.

Foram escolhidos 17 filmes, sendo nove amazonenses, três do Pará, dois de Roraima e um do Amapá, Rondônia e Tocantins.

Todos os curtas-metragens serão exibidos a partir do dia 21 de janeiro em sessões gratuitas no Teatro Amazonas.

CONFIRA A LISTA DOS SELECIONADOS DA MOSTRA NORTE:

  1. “À Beira do Gatilho”, de Lucas Martins (Amazonas)
  2. “Ãgawaraitá: Nancy”, de Priscila Tapajowara (Pará)
  3. Atordoado, Eu Permaneço Atento”, de Henrique Amud & Lucas H. Rossi dos Santos (Amazonas)
  4. “Benzedeira”, de Dir. Pedro Olaia e San Marcelo (Pará)
  5. “Cercanias/ Gatos”, de Sérgio Andrade (Amazonas)
  6. Graves e Agudos em Construção”, de Walter Fernandes Jr (Amazonas)
  7. “Jamary”, de Begê Muniz (Amazonas)
  8. “Mestres da Tradição na Terra do Guaraná”, de Ramom Morato (Amazonas)
  9. “Meu coração é um pouco mais vazio na cheia”, de Sabrina Trentin (Tocantins)
  10. “Meus Santos Saúdam Teus Santos”, de Rodrigo Antônio (Pará)
  11. “Nazaré: do Verde ao Barro, de Juraci Junior (Rondônia)
  12. “Nome Sujo”, de Artur Roraimana (Roraima)
  13. “O Colar”, de Romulo Sousa (Amazonas)
  14. “Rabiola”, de Thiago Briglia (Roraima)
  15. “Reflexos da Cheia”, de Jimmy Christian (Amazonas)
  16. “Stone Heart”, de Humberto Rodrigues (Amazonas)
  17. “Utopia”, de Rayane Penha (Amapá)

Os filmes da Mostra Norte concorrem nas seguintes categorias: Melhor Filme, Melhor Direção, dois Prêmios de Melhor Atuação, Melhor Roteiro, Melhor Direção de Fotografia, Melhor Montagem, Melhor Direção de Arte, Melhor Som e Melhor Filme (Prêmio do Público).

“Maria”, “Vila Conde” e “Ari y Yo” foram os ganhadores do prêmio máximo, respectivamente, nas edições de 2018, 2019 e 2020.

Os critérios de seleção estão ligados a uma produção da região que, recorrendo ao aspecto urbano das cidades ou ao imaginário da floresta, dialogue com o que é visto no resto do Brasil, ao mesmo tempo em que indique caminhos narrativos e estéticos que se apropriam da nossa realidade, buscando um diálogo com o público daqui.

Diego Bauer

Curador do Festival Olhar do Norte

NÚMEROS DE INSCRITOS E SELECIONADOS RECORDES

A quarta edição do Festival Olhar do Norte chega com números superlativos para demonstrar o crescimento do evento: ao todo, 119 filmes da Região Norte se inscreveram na mostra competitiva. O Amazonas lidera com 61 produções seguido por Pará (34), Rondônia (7), Roraima e Tocantins (6), Amapá (4) e Acre (1).

Em comparação aos eventos anteriores, a quarta edição do Olhar do Norte traz o maior número de selecionados na Mostra Norte: agora, são 17 filmes contra 10 da terceira realizada em dezembro de 2020, 7 da segunda ocorrida em abril de 2019, e 12 da edição inaugural em janeiro de 2018.

SELEÇÃO DE FILMES PREMIADOS

A Mostra Norte traz uma seleção de filmes com importantes passagens por festivais Brasil e mundo afora. Dirigido por Begê Muniz, “Jamary” representou o Amazonas na mostra competitiva de curtas-metragens brasileiros da Première Brasil no Festival do Rio em dezembro de 2021. Antes disso, a fantasia de temática ambiental esteve também no Cinefantasy – Festival Internacional De Cinema Fantástico do ano passado, FestCurtasBH – Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte, Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis, entre outros.

“Graves e Agudos em Construção”, de Walter Fernandes Jr., esteve em festivais nos EUA, Reino Unido, Itália, Estônia, Espanha, entre outros. Recentemente, o curta recebeu menção honrosa no Cult Movies International Film Festival, na Inglaterra, e levou o Silver Award, no Virgin Spring Cinefest, na Índia. Dirigido por Lucas Martins, “À Beira do Gatilho” não ficou para trás e circulou pela AMérica do Norte, Europa e Ásia, além de ter sido selecionado para o prestigiado Cine PE na mostra competitiva de curtas brasileiros.

Falando de festivais tradicionais do circuito brasileiro, a animação “Stone Heart”, de Humberto Rodrigues, concorreu no Festival de Gramado do ano passado, enquanto Sérgio Andrade e seu retorno aos curtas, “Cercanias/Gatos”, foi selecionado para o Festival de Vitória 2021. Foi no Espírito Santo, aliás, que o paraense “Meus Santos Saúdam Teus Santos”, de Rodrigo Antônio, conquistou o prêmio de melhor contribuição artística. A obra ainda esteve na competição nacional do FestCurtasBH, no Filma Afro México e Colômbia, Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul, Curta Cinema e no Festival Court Derrière.

O tocantinense “Meu Coração É Um Pouco Mais Vazio Na Cheia”, de Sabrina Trentim, esteve no Olhar de Cinema 2021 e, antes disso, fora selecionado para o 13º Festival de Cinema da Lapa. Lançando “Rabiola” no Olhar do Norte, o roraimense Thiago Briglia chega da experiência do premiadissímo “Por onde anda Makunaíma?”, documentário ganhador do prêmio de Melhor Filme Longa-metragem no “53º Festival de Brasília do Cinema de Brasília”  e foi selecionado para a Mostra Competitiva do Festival de Cinema Latino Americano de Havana.

De Rondônia, “Nazaré: Do Verde ao Barro”, de Juraci Júnior, estreou no tradicional Festival Guarnicê de Cinema, no Maranhão, em 2021, enquanto “Atordoado, Eu Permaneço Atento” teve carreira quilométrica com passsagens de Gramado a Viña del Mar chegando a Shorts México até o Cinélatino. E ainda tem o amapaense “Utopia”, selecionado para New York International Women Festival no ano passado.

Organizada pela Artrupe Produções Artísticas, a quarta edição do Festival Olhar do Norte foi contemplada pelo Programa Cultura Criativa – 2021 – AM – Prêmio Cultura em Rede, do Governo do Estado do Amazonas.

O processo de curadoria foi longo até porque houve indefinições sobre como aconteceria o festival, se seria presencial, onde seria, em que data. Iria ocorrer no final de 2021, acabou ficando para janeiro de 2022 e, por conta disso, acabamos estendendo mais o prazo, recebendo mais filmes.

O 4º Olhar do Norte tem uma quantidade grande de filmes inscritos – quase 400, com 119 da Região Norte, sendo 61 só do Amazonas. Tendo em vista tudo que o nosso Estado passou no último ano, chegarmos aqui com a maior quantidade de filmes que já recebemos do Amazonas é sinal de que o audiovisual já é uma realidade no mercado da nossa cidade e que o Olhar do Norte já é visto como uma janela de exibição pelos realizadores da região.

Realmente acredito que este vai ser o melhor Olhar do Norte até agora. Sem medo de errar: temos a melhor seleção de filmes destes quatro anos, já conseguimos ver um amadurecimento nestas quatro edições e muito disso se deve ao fato da produção audiovisual da Região Norte ter se acostumado a participar dos principais festivais do Brasil, ganhando prêmios e reconhecimento. Também teremos o Teatro Amazonas como palco, o que por si só gera interesse e alcance ao festival. A quarta edição do festival vai ser lembrada como a que estreitou os laços entre os realizadores da região e o público amazonense, assim espero.

Diego Bauer

Curador do Festival Olhar do Norte

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