Depois de um grande 2021 com muitos prêmios e presenças em importantes festivais nacionais e internacionais, o cinema amazonense chega para o ano novo com expectativas de manter o momento de alta. Muito disso graças aos lançamentos de projetos financiados com recursos da Lei Aldir Blanc através de editais de âmbito estadual e municipal. 

O Cine Set traz neste modesto especial algumas das principais atrações do cinema amazonense previstas para ganharem as telas em 2022: 

UM MAL NECESSÁRIO 

Foto: Lucas Martins / Divulgação

Lucas Martins lançou “À Beira do Gatilho” em 2021 demonstrando a incrível capacidade técnica ao extrair um policial noir de estilo oitentista das ruas da zona centro-sul de Manaus. Por isso, fica a expectativa para “Um Mal Necessário”, livre adaptação do clássico “Fausto”, de Goethe, assim como do filme homônimo de F.W Murnau, de 1926. Isso sob a inspiração do mestre do terror Mario Bava.  

SAPRAQUIFA 

Foto: Plongée Produções

Parceiro habitual de Lucas Martins, Max Michel (“O Compromisso”) retorna à direção com “Sapraquifa”. O projeto foi gravado no fim de 2021 com Reginaldo Tyson (“À Beira do Gatilho” e “Jamary”) na direção de fotografia e produção da Plongée, de Augustto Gomes. 

O CLÃ DAS JIBOIAS 

Foto: Divulgação

Demorou, mas, finalmente, deve chegar às telas o documentário “O Clã das Jiboias”. Dirigido por Heraldo Daniel (“Raiz dos Males”), a produção irá mostrar a história do jiu-jitsu na Amazônia desde a chegada com a família Gracie até a formação de campeões como José Aldo e Lyoto Machida. O lançamento está previsto para abril no Teatro Amazonas. 

CASTANHO 

Foto: Tucandeira Films

Como exposto na nossa retrospectiva, Adanilo teve um 2021 excepcional e o novo ano promete ser ainda maior. Primeiro curta-metragem de ficção na função de diretor, “Castanho” está entre as novidades. As gravações aconteceram na região de Iranduba entre os dias 16 e 19 de novembro. O elenco conta com Rosa Malagueta, Israel Castro e a atriz argentina Sofia Sahakian. 

ENSAIO DE DESPEDIDA 

Foto: Ateliê 23 / Divulgação

Depois de A Bela é Poc, o Ateliê 23 segue no audiovisual com “Ensaio de Despedida”. Adaptação de uma peça do próprio grupo, o curta traz quatro personagens vividos por Dimas Mendonça, Dinne Queiroz, Júlia Kahane e Taciano Soares. As histórias deles se entrelaçam formando um único casal. A direção fica novamente por conta de Eric Lima. Gravações devem acontecer nos primeiros meses deste ano. 

DEUS ME LIVRE, QUEM ME DERA 

Foto: Tucandeira Films

Selecionado para ser o telefilme regional do Amazonas na Globo Filmes, “Deus Me Livre, Quem Me Dera” é o novo trabalho de Flávia Abtibol após O Céu dos Índios. A comédia romântica traz como um dos destaques do elenco Isabela Catão, atriz de sucessos recentes como “O Barco e o Rio”, “Enterrado no Quintal” e Terra Nova. 

NÃO É DOCE 

Foto: Divulgação

Falando em Isabela Catão, a atriz protagoniza “Não é Doce”, álbum visual dirigido pela multi-instrumentista Olívia de Amores. A produção integra o projeto do lançamento do disco homônimo. O elenco ainda conta com Heitor Bufarah e traz a direção de fotografia de Thiago Looney. 

ITACOATIARAS 

Foto: Divulgação

Sérgio Andrade está de volta nos longas-metragens e, desta vez, ao lado da artista visual fluminense Patrícia Gouveia. O documentário mostra a realidade, as ligações e a ancestralidade indígena entre as duas cidades chamadas Itacoatiara, uma localizada no Rio de Janeiro e outro no Amazonas. Projeto foi selecionado para o fórum internacional de co-produção Brasil CineMundi. 

A HESPANHOLA 

Foto: Divulgação

Após iniciativas incríveis como o “Potências das Artes do Norte” e “Ópera Delivery”, Francis Madson retorna ao cinema após “Banho de Cavalo” e “No Céu da Boca Cresceu Saturno”. Com direção de fotografia e montagem de César Nogueira, o elenco traz Julia Kahane, Matheus Sabbá e Denis Carvalho. A história é, no mínimo, curiosa: um casal de seringalistas de Manaus se transporta de 1919, final da Gripe Espanhola no Brasil, para 2020, auge da pandemia de Covid-19. 

O COLAR 


Para fechar, temos o novo filme de Romulo Souza, diretor de filmes “Vila Conde” e “Ratoeira” Com o próprio diretor atuando, a produção mostra um acidente doméstico deixando um casal apreensivo sobre a segurança da própria casa.

ERRATA: eu, como editor-chefe do Cine Set, cometi o erro de não creditar as fotos dos bastidores citados na matéria. Peço perdão a todos que não tiveram seus trabalhos justos e merecidamente creditados. A falha já está em correção.

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