Com “Parasita”, Bong Joon-Ho se junta a Pietro Gemi, Claude Lelouch e Pedro Almódovar como roteiristas de trabalhos em língua não-inglesa a vencerem o Oscar de Melhor Roteiro Original. E quando você faz isso em cima de Quentin Tarantino, Noah Baumbach, Rian Johnson e Sam Mendes, o prêmio devia valer em dobro.
“Parasita” é daqueles filmes com o roteiro à beira da perfeição. Desde a apresentação dos personagens com seus dramas e personalidades muito bem definidos até chegar nas reviravoltas impressionantes a partir da metade da trama fazem a gente se envolver de forma quase instantânea.
Fora que a inteligência do roteiro, escrito pelo Bong Joon-Ho em parceria com Han Jin-won, consegue fazer críticas brilhantes ao modo capitalista de vida e exploração entre as classes sem cair no discurso exaltado, frases de efeitos e vitimismo; para isso, basta ter uma grande história e saber contá-la.
Todo deixando o link do texto do Hermes Leal, do site Revista de Cinema, que destrinchou o roteiro do “Parasita”. Ele divide a história nos clássicos três atos, porém, a forma como foi pensado isso é fascinante. Vale a leitura (clique aqui)!