Chegou a hora de escolher 10 grandes atuações esnobadas no Oscar entre 2000 a 2010.

A lista leva em conta atuações nomeadas para o Bafta, Globo de Ouro e SAG daqueles anos.

10. MAGGIE GYLLENHALL, por “SECRETÁRIA”


A Maggie Gyllenhaal poderia ter sido uma escolha bem mais interessante para o Oscar 2003 de Melhor Atriz. 

Em “Secretária”, a atriz forma uma boa dobradinha com o James Spader e domina a cena com uma personagem capaz de transitar entre o humor e o drama com facilidade. 

Tiraria fácil a Diane Lane, indicada pelo razoável “Infidelidade”. 

9. ALBERT FINNEY, por “PEIXE GRANDE” 

“Peixe Grande” é um dos filmes mais subestimados da carreira do Tim Burton e, talvez, isso tenha contribuído para que o Albert Finney fosse esnobado em ator coadjuvante no Oscar 2004. 

Interpretando o protagonista na fase final da vida, o Finney apresenta seu carisma habitual e consegue ser a versão mais emocionante de Ed Bloom.

Poderia ter sido tranquila a última indicação dele ao Oscar e caberia no lugar da Holly Hunter, de “Aos Treze”. 

8. REESE WHITERSPOON, por “ELEIÇÃO” 

“Eleição” consolidou Alexander Payne como um dos melhores nomes surgidos no cinema americano no fim dos anos 1990 e trouxe uma nova estrela. 

Reese Whiterspoon faz a ambiciosa e competitiva garota que deseja fazer parte do conselho do colégio onde estuda.

No melhor estilo pentelha, ela diverte o público criando uma figura que, apesar de insuportável, faz com que estejamos sempre atento a seus passos por ser uma protagonista fascinante. 

Lá vou eu de novo, mas, tiraria a Meryl Streep indicada pelo fraco “Música do Coração”. 

7. LEONARDO DICAPRIO, por “PRENDA-ME SE FOR CAPAZ”

Antes de começar a ser indicado direto com “O Aviador”, o Leonardo DiCaprio amargou um bom gelo da Academia. “Titanic” já havia sido uma grande decepção para o ator. Depois, veio “Gangues de Nova York” e a injusta esnobada pelo ótimo “Prenda-me se for Capaz”. 

O DiCaprio cai como uma luva para fazer o falsário Frank Abagnale Jr. no drama dirigido pelo Steven Spielberg. O astro se utiliza da beleza para realçar o charme e também do talento como bom ator para convencer suas vítimas e nós do lado de cá em seus golpes. 

Muito difícil escolher alguém para sair da lista de Melhor Ator em 2003, porém, escolheria o Jack Nicholson, por “As Confissões de Schmidt”. 

6. NICOLE KIDMAN, por “OS OUTROS” 

Na esteira do sucesso de “O Sexto Sentido”, o terror atraiu grandes atores no início do século XXI ao trazer produções mais sérias e maduras – parecido com o que temos visto hoje. A Nicole Kidman deu sorte. 

Em “Outros”, a rigidez inicial de uma mãe zelosa e preocupada com o perigo da guerra cada vez mais próximo se transforma em um desespero e angústia total amplificada pela ambientação sufocante.

Outro nome esnobado da edição de 2003 em Melhor Atriz. 

5. PAUL GIAMATTI, por “SIDEWAYS”

Doeu demais ver o Paul Giamatti fora do Oscar de Melhor Ator em 2005. Afinal, “Sideways” chegou fortíssimo sendo a possibilidade de zebra da disputa entre “Menina de Ouro” e “O Aviador”. 

Vivendo a melhor fase da carreira emplacando um bom filme atrás do outro, o Paul Giamatti carrega a comédia dramática com tranquilidade ao formar boas duplas com o Thomas Haden Church e a Virginia Madsen. 

A situação fica ainda mais cruel se a gente pensar que a Academia indicou o Giamatti somente no ano seguinte pelo fraco “A Luta Pela Esperança”. 

4. JIM CARREY, por “O MUNDO DE ANDY”

Em “O Mundo de Andy”, o Jim Carrey incorpora o genial comediante Andy Kaufman.

Para quem tinha se acostumado a vê-lo cheia de caretas e super expansivo, aqui, na cinebiografia dirigida pelo Milos Forman, o astro está mais contido e extremamente cuidadosa.

O documentário feito sobre os bastidores do filme só amplia a grandiosidade do trabalho. 

Verdade seja dita que a seleção de Melhor Ator em 2001 estava pesada demais, mas, no palitinho, tiraria o Ed Harris, de “Pollack”. Se fosse mais ousado, sacaria o Russell Crowe, por “Gladiador”. 

3. BJORK, por “DANÇANDO NO ESCURO” 

A islandesa Bjork venceu o prêmio de melhor interpretação feminina no Festival de Cannes e chegou a ser indicada ao Globo de Ouro por “Dançando no Escuro”. O Oscar, entretanto, não foi tão generoso assim. 

Sendo maldoso, dá para dizer que a esnobada na islandesa seria para não tornar a vitória da Julia Roberts, de “Erin Brockvich”, ainda mais contestável.

Porém, “Dançando no Escuro” é muito pesado para o gosto dos votantes da Academia e os ataques aos EUA típicos do Lars Von Trier não ajudavam nenhum um pouco. 

2. UMA THURMAN, por “KILL BILL” 

A Sigourney Weaver até conseguiu quebrar o tabu de personagens femininas icônicas em filmes de ação ao ser nomeada por “Aliens – O Resgate”. A mesma sorte, entretanto, não teve a Uma Thurman. 

Em “Kill Bill”, a estrela só não faz chover porque, de resto, ela está espetacular. De energia e entrega ímpar nas cenas de ação, capaz de emocionar no drama e irônica na medida certa no humor.

É, sem dúvida, uma das personagens mais marcantes do início do século no cinema mundial. 

1. SACHA BARON COHEN, por “BORAT” 

Nenhuma esnobada entre as atuações foi maior do que Sacha Baron Cohen, por “Borat”. 

O britânico desaparece ao fazer segundo melhor repórter do Cazaquistão. Do jeito de falar afetado passando pela coragem absurda de realizar sequências completamente nonsense, o Baron Cohen ser esnobado escancarou como a Academia tem dificuldades em identificar e reconhecer algo inovador. 

Will Smith que me desculpe, mas, não tinha condições dele estar entre os indicados quando Borat estava na disputa. 

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