O favoritismo de “Mank” se confirma: a produção da Netflix venceu o Oscar de Melhor Design de Produção. Esta é a primeira estatueta da carreira da Jan Pascale e a segunda do Donald Graham Burt: ele venceu anteriormente em “O Curioso Caso de Benjamin Button”, parceria com David Fincher.
Em um filme tão irregular, o design de produção acaba sendo o ponto alto. “Mank” nos transporta para a Califórnia e a Hollywood dos anos 1930 e 1940 através dos belos sets de filmagens, dos estúdios e escritórios.
O auge, entretanto, é a mansão do magnata William Randolph Hearst em que todo o luxo e magnitude se transformam em um símbolo de poder e personagem do longa, semelhante ao que ocorre em “Cidadão Kane”.
Tudo isso pensando em construir este mundo em preto e branco, logo, em uma constante colaboração com o setor de figurino e fotografia.
Segundo o Donald Burt, para conseguir elaborar estas estratégias, ele utilizava os filtros do Iphone para ver como as cores funcionavam.
Acho um Oscar justo, porém, não deixa de ser uma pena que “Meu Pai” saia derrotado, visto que o design de produção trata-se de uma engrenagem fundamental para construir o conceito de demência pretendido pelo Florian Zeller, além de representar uma rara conquista de filmes contemporâneos na categoria.
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