Se tem um evento que gosta do cinema brasileiro, este é a Berlinale. A primeira vez que o Brasil participou da Berlinale em 1953 com dois filmes na mostra competitiva de longa-metragem: “O Cangaceiro”, do Lima Barreto, e a co-produção com a Itália, ”Magia Verde”, do Gian Gaspare Napolitano.
O prêmio máximo, o Urso de Ouro, foi duas vezes para o Brasil com “Central do Brasil”, em 1998, e “Tropa de Elite”, em 2008. Também conquistamos o Urso de Prata, equivalente ao segundo lugar da mostra competitiva: OFF: em 1978, com “A Queda”, do Ruy Guerra e Nelson Xavier, entre os longas, e o clássico “Ilha das Flores”, do Jorge Furtado, em 1990.
Três gigantes do cinema nacional conquistaram vitórias históricas com o Urso de Prata de atriz: Marcélia Cartaxo, por “A Hora da Estrela”, em 1986, Ana Beatriz Nogueira, de “Vera”, no ano seguinte, e Fernanda Montenegro, por “Central do Brasil”, em 1998.
DO AMAZONAS PARA A BERLINALE
No entanto, nosso melhor histórico foi no prêmio Teddy, que premia o melhor longa, curta e documentário LGBTQIA+ das mostras competitivas do festival.
“Hoje Eu Quero Voltar Sozinho” de Daniel Ribeiro, em 2014, e “Tinta Bruta”, do Filipe Matzembacher e Marcio Reolon, quatro anos depois, venceram entre os longas de ficção. “Bixa Travesty”, da Cláudia Priscilla e Kiko Goifman, também em 2018, foi o ganhador em documentário. Por fim, “Tá”, do Felipe Sholl, venceu entre os curtas em 2008.
Motivo de orgulho ainda maior pra nós do Cine Set é ver o cinema do Amazonas marcando presença por lá. “Antes o Tempo Não Acabava”, de Sérgio Andrade e Fábio Baldo, foi exibido na Panorama em 2015 e Aldemar Matias apresentou seu “La Arrancada” na mesma mostra, em 2019.