De Carey Mulligan à nova parceria Martin Scorsese e Leonardo DiCaprio, chegou a hora da quinta parte de candidatos rumo ao Oscar 2023.

13 VIDAS 

O Ron Howard quebrou a cara em 2021 ao apostar em “Era uma vez um Sonho”.

Para tentar deixar o fracasso do drama com a Glenn Close e a Amy Adams, agora, ele aposta em uma história que comoveu o planeta.  

Em “13 Vidas”, veremos toda a luta para salvar um grupo formado por 12 garotos que ficou preso em uma caverna na Tailândia em 2018.

A produção teve o lançamento adiado pela MGM de abril para novembro deste ano visando justamente o Oscar.  

O elenco conta com o Viggo Mortensen, Colin Farrell, Joel Edgerton e Tom Bateman, enquanto o roteiro é do William Nicholson, indicado ao Oscar por “Terra das Sombras” e “Gladiador”.  

UM HOMEM CHAMADO OVE 

Se uma adaptação de um sucesso do cinema francês levou o Oscar 2022, por que não acreditar que o raio não pode contar duas vezes no mesmo lugar? Desta vez, porém, a aposta será uma produção originalmente da Suécia.  

O remake será de “Um Homem Chamado Ove”, dramédia sueca sobre o homem mais rabugento do mundo que decide se matar após perder a esposa e ser despedido.

Porém, esta será uma missão nada simples para ele, pois, precisará resolver uma série de pequenas crises.

O filme foi indicado ao Oscar 2017 de Melhor Maquiagem e Penteado e Melhor Filme Internacional.  

Tom Hanks é o protagonista e tentará voltar ao Oscar de Melhor Ator após 22 anos: a última vez foi com “Náufrago”.  

SHE SAID 

Agora é a vez de um candidato pesado, polêmico e que pode sim chegar forte no Oscar 2023. Estou falando de “She Said”, drama jornalístico dirigido pela Maria Schrader.

A cineasta brilhou recentemente com a comédia alemã “O Homem Ideal”.  

“She Said” retrata a história Megan Twohey e Jodi Kantor, repórteres do The New York Times responsáveis pelas matérias sobre os assédios de décadas cometidos pelo ex-todo-poderoso de Hollywood, Harvey Weinstein.

O caso mudou a cara da indústria do audiovisual no planeta inteiro e fez surgir o #MeToo.  

Esta será mais uma oportunidade da Carey Mulligan levar o Oscar; a atriz é a protagonista de “She Said” ao lado de Zoe Kazan.

A Samantha Morton e a Patricia Clarkson também estão no elenco.

É inevitável não lembrar de “Spotlight”, ganhador de 2016 com uma história de jornalistas descobrindo um escândalo sexual na Igreja Católica.  

Aqui, porém, estamos diante de um caso dentro da própria indústria do cinema. Então, como fica a relação da Academia com o filme?

Vai prestigiá-lo, acenando como uma espécie de mea-culpa ou irá rolar um constrangimento? Vale ficar muito de olho como será a reação de Hollywood a “She Said”.  

EMPIRE OF THE LIGHT 

Sam Mendes

Continuamos com pesadões para o Oscar 2023: agora é “Empire of the Light”, o novo filme de Sam Mendes, diretor ganhador com “Beleza Americana” e que bateu na trave com “1917”.  

A história, bem, tem cara e cheiro de Oscar ao se passar nos anos 1980 nos arredores de um cinema de rua britânico.

“Empire of the Light” deve surfar na onda nostálgico, de memórias do diretor – o Sam Mendes é o roteirista – e ainda fala sobre magia da Sétima Arte.  

O elenco completa a receita com Colin Firth e Olivia Colman de protagonistas. A direção de fotografia é do Roger Deakins, enquanto o montador é o Lee Smith, premiado com “Dunkirk”.  

Sam Mendes não vem para brincar no Oscar 2023.  

THE END 

tilda swinton

Depois de passagens brilhantes no documentário com “O Ato de Matar” e “O Peso do Silêncio”, o Joshua Oppenheimer, quem diria, vai apostar no musical com “The End”.  

Porém, se você está pensando que se trata de um filme colorido e escapista à la “Cantando na Chuva” ou “La La Land”, esquece: “The End” é um musical remetendo aos clássicos da Era de Ouro de Hollywood, porém, ambientado pós-apocalíptico acompanhando a última família que sobrou no planeta.  

Para um filme estranhos destes, nada melhor do que ter a Tilda Swinton de protagonista. O George McKay, de “1917”, também está no elenco.

Que “The End” tenha melhor sorte do que “Annette”; seria bem legal um musical fora da caixa no Oscar.  

THOR: AMOR E TROVÃO E ADÃO NEGRO 

Hora das adaptações em quadrinhos com dois candidatos. 

Da Marvel, temos “Thor: Amor e Trovão”: a produção com os retornos de Chris Hemsworth e Natalie Portman deve ter o visual marcante de “Ragnarok” e lutar por vagas em Melhor Som e Efeitos Visuais.

São as categorias também cobiçadas por “Adão Negro”, promessa de sucesso da DC para o fim de 2022.  

Qualquer coisa além disso para estes dois filmes, será uma surpresa absoluta.  

THE BANSHEES OF INISHERIN 

Depois do elogiado “Três Anúncios Para um Crime”, o Martin McDonagh retorna com “The Banshees of Inisherin”. A história é bem o estilo de humor do diretor/roteirista.  

Dois amigos de longa data estão em uma remota ilha irlandesa. E eles se encontram em um momento estranho em seu relacionamento quando um deles não quer mais ser amigo.  

Em alta após viver o Coringa em “Batman”, o Barry Keoghan é um dos protagonistas do filme ao lado do Colin Farrell.

O ator irlandês, aliás, retoma a parceria com o McDonagh de sucessos como “Na Mira do Chefe” e “Sete Psicopatas e um Shih-Tzu”.  

RUÍDO BRANCO 

Diretor cult amado por Hollywood, o Noah Baumbach ganhou ainda mais pontos após “História de um Casamento”, indicado nas principais categorias em 2020.

Para o Oscar do ano que vem, ele retorna com “Ruído Branco”.  

Pela primeira vez na carreira, ele adapta um romance e não é um romance qualquer: trata-se do clássico homônimo escrito pelo Don DeLillo.

O livro conta a história de um professor de estudos sobre Hitler (Driver) que dá aula em uma faculdade de artes liberais no chamado Meio-Oeste dos EUA e que agora está com sua quarta esposa (Gerwig). Quando um evento tóxico no ar desencadeia uma nuvem química escura e letal, eles devem enfrentar o perigo de morte juntos.  

Novamente o Adam Driver é o protagonista e o projeto da Netflix ainda conta com a Greta Gerwig, Don Cheadle e Jodie Turner-Smith.

Será uma das grandes apostas do streaming no Oscar 2023.  

KILLERS OF THE FLOWER MOON 

Para completar esta quinta parte, não podia faltar Martin Scorsese. O diretor reúne pela primeira vez seus dois maiores parceiros – o Robert De Niro e o Leonardo DiCaprio – no aguardado “Killers of the Flower Moon”.  

O suspense se passa na década de 1920 e acompanha assassinatos ocorridos nas terras indígenas de Osage. As investigações do caso levaram à criação do FBI.  

O filme terá distribuição da Apple, estúdio vencedor do Oscar deste ano com “Coda – No Ritmo do Coração”. Com um candidato deste porte e a experiência deste ano, certamente, o investimento será ainda maior.

Apesar de “O Irlandês” sair de mãos vazias em 2020, o Scorsese tem muito crédito na Academia – o único longa dele de ficção não nomeado a Melhor Filme na década passada foi “Silêncio”.  

Logo, fica difícil imaginá-lo fora no ano que vem ainda mais com dois atores gigantes e este simbolismo do encontro de DiCaprio e De Niro em um filme do Scorsese.

É candidato peso-pesado para o Oscar 2023.