Caio Pimenta analisa quem devem ser os vencedores e as possíveis surpresas do SAG 2021, previsto para acontecer no domingo, dia 4 de abril.
COADJUVANTES
Em Melhor Ator Coadjuvante, estão no páreo o Daniel Kaluuya, por “Judas e o Messias Negro”, Sacha Baron Cohen, de “Os Sete de Chicago”, Leslie Odom Jr., por “Uma Noite em Miami”, Chadwick Boseman, por “Destacamento Blood” e o Jared Leto, de “Os Pequenos Vestígios”.
Tanto o Chadwick Boseman quanto o Jared Leto ficaram de fora do Oscar para darem lugar ao Paul Raci, de “O Som do Silêncio” e Lakeith Stanfield, por “Judas e o Messias Negro”. E falando no filme da Warner é dele que vem o favorito: o Daniel Kaluuya tem tudo para vencer e praticamente assegurar o Oscar da categoria.
Caso tenhamos uma surpresa, ela pode ser o Sacha Baron Cohen. Isso serviria para reconhecer um ator que consegue jogar muito bem tanto na comédia quanto no drama, além de prestigiar um ano incrível que, além de “Os Sete de Chicago”, contou com retorno em “Borat 2”.
A Glenn Close, por “Era uma vez um Sonho”, a Helena Zengel, por “Relatos do Mundo”, Olivia Colman, por “Meu Pai”, Maria Bakalova, de “Borat 2” e Yuh-Jung Youn, de “Minari” concorrem em Atriz Coadjuvante.
Como disse no vídeo anterior, aqui a disputa é mais acirrada. O favoritismo é da Yuh-Jung Youn pelo trabalho que rouba a cena em “Minari”, servindo também para demonstrar a força asiática no SAG após a vitória de “Parasita” em Melhor Elenco no ano passado.
Porém, temos Glenn Close: diferente do Oscar, aqui, ela já foi premiada duas vezes, incluindo, Melhor Atriz em Cinema por “A Esposa”. Uma possível vitória dela por “Era uma vez um Sonho” pode ajudar a consolidar o sonho da primeira estatueta dourada. Mas, claro, há toda a polêmica em torno do filme e do próprio dela no projeto da Netflix.
Outra possibilidade correndo por fora é a Maria Bakalova, de “Borat 2”. Questão é saber se o sindicato dos atores será generoso com um trabalho fora do convencional e estreante nas telas.
ATUAÇÕES PRINCIPAIS
Disputam o prêmio de Melhor Ator do SAG 2021: Chadwick Boseman, por “A Voz Suprema do Blues”, Riz Ahmed, por “O Som do Silêncio”, Anthony Hopkins, de “Meu Pai”, Steven Yeun, de “Minari” e o Gary Oldman, por “Mank”.
Aqui, SAG e Oscar bateram perfeitamente nos indicados, o que já aponta que o vencedor do sindicato terá 99% de chances de levar o prêmio da Academia. E, sem dúvida, todo o favoritismo do universo é do Chadwick Boseman. Ainda que muita gente esteja emocionada com o desempenho do Anthony Hopkins, se tivermos um azarão, será o Riz Ahmed.
Viola Davis, por “A Voz Suprema do Blues”, Frances McDormand, de “Nomadland”, Carey Mulligan, de “Bela Vingança”, Amy Adams, por “Era uma vez um Sonho” e Vanessa Kirby, de “Pieces of a Woman” concorrem em Melhor Atriz.
A vencedora do Globo de Ouro, a Andra Day, de “Os EUA contra Billie Holiday”, ficou de fora para dar lugar no SAG a Amy Adams. Com isso, a Carey Mulligan tem o favoritismo da disputa, porém, muita atenção para a Frances McDormand e Viola Davis, duas veteranas bastante prestigiadas em Hollywood e que podem surgir como surpresas.
MELHOR ELENCO
Por fim, em Melhor Elenco, temos “Destacamento Blood”, “Minari”, “A Voz Suprema do Blues”, “Uma Noite em Miami” e “Os Sete de Chicago.
Exceto por “Destacamento Blood”, todos os outros filmes têm chances na categoria. O mais forte é “Os Sete de Chicago”, o qual reúne o maior número de estrelas por metro quadrado desta temporada de premiações.
De jovens estrelas como Eddie Redmayne a Sacha Baron Cohen se arriscando no drama até os veteranos Frank Langella e Mark Rylance, o projeto da Netflix traz uma variedade em seu elenco capaz de agradar os votantes do sindicato.
Por outro lado, é um elenco formado, em sua maioria, por atores brancos, diferente dos seus rivais mais diversos.
“Minari”, por exemplo, pode repetir o feito de “Parasita” e dar o segundo SAG consecutivo de Melhor Elenco para um time de origem asiática.
Já “A Voz Suprema do Blues” e “Uma Noite em Miami” tem a representatividade negra.
A produção da Netflix tem a seu favor contar com duas estrelas em desempenhos excepcionais, enquanto o longa da Regina King traz um elenco bastante homogêneo em que todos se destacam.
Resumindo: o favorito é “Os Sete de Chicago” seguido por “Minari” e “A Voz Suprema do Blues”.