MELHOR COADJUVANTE 

  1. Mark Rylance, por “Até os Ossos”61 PONTOS 
  2. Ke Huy Quan, por “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” – 60 PONTOS 
  3. Brian Tyree Henry, por “Passagem”32 PONTOS 
  4. Janelle Monáe, por “Glass Onion” – 28 PONTOS 
  5. Kathryn Hunter, por “A Tragédia de Macbeth”, Sean Harris, por “O Desconhecido”, Kristen Stewart, por “Crimes do Futuro” – 25 PONTOS 

Caio Pimenta 

  1. Kathryn Hunter, por “A Tragédia de Macbeth” 
  2. Mark Rylance, por “Até os Ossos” 
  3. Aline Marta, por “Carvão” 
  4. Gaby Hoffman, por “Sempre em Frente 
  5. Janelle Monáe, por “Glass Onion” 
  6. Brian Tyree Henry, por “Passagem” 
  7. Thuso Mbedu, por “A Mulher Rei 
  8. Lashana Lynch, por “A Mulher Rei” 
  9. Anthony Hopkins, por “Armageddon Time 
  10. Ashley Judd, por “Ela Disse 

Comentário 

Pode aparecer Denzel Washington ou Frances McDormand, mas, quando Kathyrn Hunter surge como as bruxas de “A Tragédia de Macbeth”, tudo fica menor. O tempo parece parar com o intuito de contemplar uma atuação hipnotizante. Já o oscarizado Mark Rylance utiliza a sutileza para meter medo a cada aparição. O que dizer da Aline Marta? Basta um pequeno olhar para a prosa fácil se transformar em algo inesperado. A personagem de Gaby Hoffman é o centro da gravidade em um filme de meninos. Monáe brilha nos dois momentos deste delicioso suspense; Tyree Henry conquista a confiança e empatia da Jennifer Lawrence e nossa a cada cena. Quando uma garota consegue se igualar a Viola Davis definitivamente você precisa ficar de olho nela. Lashana aproveita tudo o que a série James Bond desperdiçou; Hopkins é o coração de um longa morno de James Gray. Por fim, a coragem de Ashley Judd ontem, hoje e sempre merece ser louvada. 

Danilo Areosa

  1. Mark Rylance, por “Até os Ossos” 
  2. Anders Danielsen Lie, por “A Pior Pessoa do Mundo  
  3. Mia Wasikowska, por “A Ilha de Bergman 
  4. Jeremy Strong, por “Armageddon Time”  
  5. Suzanna Son, por “Red Rocket 
  6. Catriona Balfe, pro “Belfast 
  7. Noée Abita, por, “Noites de Paris” 
  8. David Strathairn, por “O Beco do Pesadelo 
  9. Toko Miura, por “Drive My Car  
  10. Katsuki Mori, por “Roda do Destino 

Comentário 

Veteranos como Mark Rylance, Jeremy Strong e David Strathairn tiveram atuações monstruosas (e assustadoras) nos poucos momentos que aparecem em cena, respectivamente, em “Até os Ossos”, “Armageddon Time” e “O Beco do Pesadelo”. Mia Wasikowska encontra-se majestosa nos olhares e inquietações na segunda metade de “A Ilha de Bergman” (o que dizer do momento em que ela dança?), enquanto Anders Danielsen Lie mostra que sua parceria com Joachim Trier sempre rende resultados maravilhosos, mesmo no papel de coadjuvante. Seu monólogo no hospital em “A Pior Pessoa do Mundo” é devastador. Catriona Balfe e Suzanna Son apresentaram mulheres marcantes, repletas de firmeza, afeto e doçura em “Belfast” e “Red Rocket”. Por fim, 2022 mostrou uma safra de jovens desconhecidas atrizes a serem observada com atenção nos próximos anos: Noée Abita, Katsuki Mori e Toko Miura, cada uma em performances misteriosas em seus filmes. 

Ivanildo Pereira 

  1. Sean Harris, por “O Desconhecido”  
  2. Mark Rylance, por “Até os Ossos” 
  3. Steven Yeun, por “Não, Não Olhe!  
  4. Bradley Cooper, por “Licorice Pizza 
  5. Ke Huy Quan, por “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo” 
  6. Janelle Monáe, por “Glass Onion”  
  7. Brian Tyree Henry, por “A Passagem” 
  8. Anthony Hopkins, por “Armageddon Time” 
  9. Angela Bassett, por “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre 
  10. Lashana Lynch, “A Mulher Rei” 

Comentário 

Na minha opinião, é pré-requisito de um grande coadjuvante roubar cenas e momentos, tornar-se tão ou mais marcante que o protagonista. É o que acontece com vários desempenhos desta lista: a força de Bassett, a vivacidade de Lynch, a maluquice de Cooper e a sensibilidade de Hopkins elevam suas performances e os tornam marcantes. Fora eles, ainda temos o assustador Rylance, o inteligente Yeun, o desempenho muito humano de Henry e o carisma de Quan – é impossível imaginar seus filmes sem eles. Monáe encara um belo desafio e se sai muito bem. E Harris, minha escolha para primeiro lugar, tem um desempenho de gelar os ossos: sempre que ele está na tela, o espectador sente uma inquietação, e esse sentimento contribui sobremaneira para o impacto emocional do filme. 

Lucas Lopes Aflitos 

  1. Ke Huy Quan, por “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo” 
  2. Keke Palmer, por “Não, Não Olhe!” 
  3. Stephanie Hsu, por “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo” 
  4. Seu Jorge, por “Medida Provisória 
  5. Thuso Mbedu, por “A Mulher Rei” 
  6. Mariana Lima, por “Ela e Eu”  
  7. Anders Danielsen Lie, por “A Pior Pessoa do Mundo” 
  8. Juan Pedro Lanzani, por “Argentina, 1985” 
  9. Ben Foster, por “Emancipation 
  10. Lashana Lynch, por “A Mulher Rei” 

Comentário 

Os coadjuvantes mais necessários dos últimos tempos. Sem dúvidas, muitos aqui comandaram os seus respectivos filmes com muita dose de talento, boa direção e um bom roteiro. É o caso da dupla de pai e filha de “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo” – desculpa Jamie Lee Curtis, mas eu prefiro a Stephanie Hsu em cena. Seu Jorge espirituoso em um bom filme. Keke Palmer e toda sua vitalidade em “Não, Não Olhe!”. As meninas de “A Mulher Rei”, fantásticas. Mariana Lima provando novamente que é uma das maiores atrizes brasileiras em atividade trabalhando com basicamente com o olhar. Anders Danielsen Lie maravilhoso como um homem apaixonado, ao contrário do maléfico Ben Foster como um caçador de escravizados e Juan Pedro Lanzani em uma excelente química com Ricardo Darín. 

Marcos Faria 

  1. Kristen Stewart, por “Crimes do Futuro” 
  2. Brian Tyree Henry, por “Passagem” 
  3. Harriet Sansom Harris, por “Licorice Pizza” 
  4. Sigourney Weaver por “Avatar: O Caminho da Água 
  5. Janelle Monáe. por “Glass Onion” 
  6. Stephen Lang por “Avatar: O Caminho da Água” 
  7. Sean Penn por “Licorice Pizza” 
  8. Masaki Okada, por “Drive My Car” 
  9. Edward Norton, por “Glass Onion” 
  10. Glenn Powell, por “Top Gun: Maverick 

Comentário 

Esses são os rostos mais magnéticos de 2022: alguém consegue desviar o olhar de Kristen Stewart, praticamente uma crise de ansiedade ambulante? E de Brian Tyree Henry, que com sua mera presença eleva o que de outra forma seria só mais um drama passável? Harriet Sansom Harris, em “Licorice Pizza”, talvez tenha protagonizado uma das cenas mais engraçadas do ano, com seu sorriso tenso, psicótico, cheirando a tabaco e preenchendo toda a tela. Para não falar de Lang e Powell, dois dos melhores antagonistas do ano. Powell, em particular, é uma descoberta – de aparência impossivelmente, inumanamente perfeita, sua mandíbula dando ao seu rosto o formato de um losango, seu sorriso brilhante de um milhão de dentes: ele mais parece uma imagem gerada por IA do que seria o ideal humano do que um ser humano de verdade. Talvez seja isso que o torne tão ameaçador – isso e seu sorrisinho de filho da puta. 

Pâmela Eurídice 

  1. Ke Huy Quan, por “Tudo em todo lugar ao mesmo tempo” 
  2. Frankie Corio, por “Aftersun 
  3. Camila Damiao, por “Marte um 
  4. Millena Smit, por “Mães Paralelas 
  5. Lashana Lynch, por “A Mulher Rei” 
  6. Juan Pedro Lanzani, por “Argentina, 1985” 
  7. Cate Blanchett, por “O Beco do Pesadelo” 
  8. Pedro Pascal, por “O Peso do Talento” 
  9. Manal Issue, por “As Nadadoras 
  10. Woody Norman, por “Sempre em frente” 

Comentário 

Ser o segundo violonista não é missão para qualquer um, ainda mais quando seus personagens são potentes o suficiente para roubar a cena. É o que sinto sobre cada um desses intérpretes. Existem momentos em que dominam a projeção e guiam o rumo da narrativa, chamando mais atenção que os protagonistas. Woody Norman passa a emoção necessária para que o público compreenda seu tio pouco comunicativo, algo semelhantemente visto em Aftersun pelos olhos de Frankie Corio. Já Manal Issue vive intensamente, assim como Damiao, a ponto de nos fazerem crer que o protagonismo pertence a elas. Enquanto isso Pascal e Blanchett comprovam o porquê estão no grupo dos melhores intérpretes em atividade. Grupo este que Quan poderia ser incluso, sem dúvida. Os tiques corpóreos de Milena Smit e Lanzani também entregam a emoção e a dor que seus personagens carregam. Fecho meus comentários com Lashana Lynch, que reitera o quanto está pronta para protagonizar filmes de ação e, sim, ser nossa 007 da década. 

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COMO FUNCIONA O SISTEMA DE PONTUAÇÃO DO CINE SET:

Cada um dos críticos do Cine SET elege o seu ‘TOP 10’. Critério leva em conta filmes lançados nos cinemas, streaming ou televisão no Brasil entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2022.

Para cada lista, fizemos a pontuação:

1º lugar – 25 pontos

2º lugar – 18 pontos

3º lugar – 15 pontos

4º lugar – 12 pontos

5º lugar – 10 pontos

6º lugar – 8 pontos

7º lugar – 6 pontos

8º lugar – 4 pontos

9º lugar – 2 pontos

10º lugar – 1 ponto

Depois, tudo é somado e chegamos ao resultado final!