MELHOR ATOR
- Hidetoshi Nishijima, por “Drive My Car” – 112 PONTOS
- Paul Mescal, por “Aftersun” – 111 PONTOS
- Tom Cruise, por “Top Gun: Maverick” – 83 PONTOS
- Vincent Lindon, por “Titane” – 74 PONTOS
- Austin Butler, por “Elvis” – 50 PONTOS
CAIO PIMENTA
- Vincent Lindon, por “Titane”
- Tom Cruise, por “Top Gun: Maverick”
- Hidetoshi Nishijima, por “Drive My Car”
- Paul Mescal, por “Aftersun”
- Denzel Washington, por “A Tragédia de Macbeth“
- Nicolas Cage, por “O Peso do Talento“
- Adam Sandler, por “Arremessando Alto“
- Joaquin Phoenix, por “Sempre em Frente“
- Carlos Francisco, por “Marte Um“
- Ram Charan, por “RRR”
Comentário
Em um filme tão furioso e violento, o afeto chega justamente daquele que teoricamente deveria ser o mais bruto. E Vincent Lindon o faz de maneira comovente, demonstrando como é, de longe, um dos melhores atores do cinema europeu. Tom Cruise genial como nunca no cinema de ação, Nishijima carrega as dores e reflexões de uma obra brilhante, Mescal e seu choro desesperado, Washignton e a paranoia do poder de um rei negro, Cage entre homenagem e a zoeira, Sandler seguindo na ótima fase, Phoenix mais singelo e delicado, Francisco e os sonhos imperfeitos, Charan e a energia de um épico ensandecido.
Camila Henriques
- Paul Mescal, por “Aftersun”
- Hidetoshi Nishijima, por “Drive My Car”
- Tom Cruise, por “Top Gun: Maverick”
- Ethan Hawke, por “O Telefone Preto”
- Adam Sandler, por “Arremessando Alto”
- Daniel Kaluuya, por “Não, Não Olhe!”
- Ram Charan, por “RRR”
- N. T. Rama Rao Jr., por “RRR”
- Denzel Washington, por “A Tragédia de Macbeth”
- George Clooney, por “Ingresso Para o Paraíso”
Comentário
Menções honrosas: Oscar Isaac, por “O Contador de Cartas”, Joaquin Phoenix, por “Sempre Em Frente”.
Tem espaço para grandes astros como Tom Cruise, George Clooney, Denzel Washington e Adam Sandler, para trabalhos que as premiações deveriam olhar com mais carinho como os de Daniel Kaluuya e Ethan Hawke, para a complexidade de Hidetoshi Nishijima e para a dupla dinâmica Ram Charan e N.T. Rama Rao Jr., mas quem me fisgou mesmo foi Paul Mescal, doce e melancólico em “Aftersun”.
Danilo Areosa
- Vincent Lindon, por “Titane”
- Hidetoshi Nishijima, por “Drive My Car”
- Denis Ménochet, por “Peter Von Kant”
- Tim Blake Nelson, por “Old Henry”
- Timothée Chalamet, por “Até os Ossos”
- Paul Mescal, por “Aftersun”
- Amir Jadidi, por “Um Herói”
- Carlos Francisco, por “Marte Um”
- Cooper Hoffman, por “Licorice Pizza”
- Quito Rayon Richter, por “Noites de Paris”
Menções Honrosas: Ricardo Darin, por “Argentina 1985”, Michael Banks Repeta, por “Armageddon Time”, Adam Sandler, por “Arremessando Alto”; Austin Butler, por “Elvis”.
Comentário
Que performance angustiante e empática Vincent Lindon nos direciona para captarmos a emotividade (as dores e os afetos) do seu personagem. Adoro a introspectividade e melancolia que Hidetoshi Nishjima constrói o seu diretor e Tim Blake Nelson o seu fazendeiro Henry. A sensibilidade, por sinal, marca também as performances de Paul Mescal, Timotheé Chalamet e Carlos Francisco, apresentando tanto os ótimos traços dos valores morais quanto das fragilidades dos seus personagens. Essa moralidade também é o norte da inquietude da atuação de Amir Jadidi na pele do questionador Rahim. No campo da passionalidade, difícil não ficar envolvido pela cólera e o turbilhão de emoções captadas por Denis Ménochet para nos apresentar o seu Peter Von Kant. Por fim, as revelações Cooper Hoffman (filho de peixe, peixinho é) e Quito Rayon trouxeram a energia jovial e rebelde necessária aos seus personagens nos respectivos filmes.
Gabriel Bravo de Lima
- Hidetoshi Nishijima, por “Drive My Car”
- Cooper Hoffman, por “Licorice Pizza”
- Austin Butler, por “Elvis”
- Carlos Francisco, por “Marte Um”
- Paul Mescal, por “Aftersun”
- Ram Charan, por “RRR”
- Daniel Craig, por “Glass Onion”
- N. T. Rama Rao Jr., por “RRR”
- Robert Pattinson, por “Batman”
- Viggo Mortensen, por “Crimes do Futuro”
Comentário
Nishijima encara o desafio de construir um personagem extremamente contido, em um filme bem longo. Sua presença varia entre o encantamento e a pena de forma magnífica, construindo um homem que está sempre em movimento embora nem sempre seguindo em frente. Cooper Hoffman e Austin Butler por outro lado abraçam a megalomania quase inocente de seus personagens, em atuações de muita energia.
IVANILDO PEREIRA
- Tom Cruise, por “Top Gun: Maverick”
- Hidetoshi Nishijima, por “Drive My Car”
- Austin Butler, por “Elvis”
- Robert Pattinson, por “Batman”
- Ralph Fiennes, por “O Menu”
- Oscar Isaac, por “O Contador de Cartas”
- Paul Mescal, por “Aftersun”
- Viggo Mortensen, por “Crimes do Futuro”
- Daniel Kaluuya, por “Não! Não Olhe!”
- Brad Pitt, por “Trem-Bala“
Comentário
Não considero que 2022 tenha sido um grande ano em termo de atuações masculinas, em comparação com as femininas. Ainda assim, tivemos ótimos trabalhos. Sensibilidade deu o tom nas atuações de Nishijima e Mescal. Kaluuya e Mortensen repetiram parcerias bem-sucedidas com seus diretores favoritos e, como antes, os resultados foram superlativos. Fiennes é intenso; Isaac metódico; Pitt engraçadíssimo: as atuações dos três são as primeiras coisas que lembramos nos seus filmes, com razão.
Já Butler se sai muito bem como Elvis e Pattinson, idem como Batman: Duas figuras arquetípicas em filmes grandiosos que não perderam de vista os grandes trabalhos de seus protagonistas. Mas Cruise foi minha escolha como número 1: não tanto pela atuação – embora seja, de fato, uma das melhores de sua carreira e é fácil esquecer que ele é sim um bom ator. Mas pelo que ela, e o filme, representaram. Num ano em que o cinema se recupera da sua pior crise, o astro Cruise, como um mestre de cerimônias, fez o público relembrar porque a experiência da tela grande importa. Qualquer um dos atores citados aqui é capaz de um grande desempenho. Mas só Cruise foi capaz de mostrar que o cinema não morreu.
LORENNA MONTENEGRO
- Paul Mescal, por “Aftersun”
- Ricardo Darín, por “Argentina 1985”
- Johnny Massaro, por “Os Primeiros Soldados”
- Vincent Lindon, por “Com Amor e Fúria”
- Ralph Fiennes, por “O Menu”
- Timothée Chalamet, por “Até os Ossos”
- Nicolas Maury, por “Garoto Chiffon”
- Adam Driver, por “Ruído Branco”
- Joaquin Phoenix, por “Sempre em Frente”
- Colin Farrell, por “After Yang”
Comentário
Paul Mescal é absolutamente magnético em sua performance como o pai melancólico e extremamente amoroso de “Aftersun”. Importante esse reconhecimento já que pelo menos desde 2020 ele vem performando em grandes papéis no cinema e em Séries como “Normal People”.
LUCAS LOPES AFLITOS
- Denzel Washington, por “A Tragédia de Macbeth”
- Austin Butler, por “Elvis”
- Ricardo Darín, por “Argentina, 1985”
- Felix Kammerer, por “Nada de Novo no Front”
- Johnny Massaro, por “Os Primeiros Soldados”
- Rory Kinnear , por “Men: Faces do Medo”
- Hidetoshi Nishijima, por “Drive My Car”
- Joaquin Phoenix, por “Sempre em Frente”
- Daniel Kaluuya, por “Não! Não Olhe!”
- Gabriel Leone, por “Meu Álbum de Amores”
Comentário
Um ano interessantíssimo para os atores, falta é posição e menções honrosas para colocar aqui, na dúvida, não inseri. Grandiosas performances em uma aula de competência e comprometimento no ofício de atuar. Denzel e Darín dispensam comentários. Felix Kammerer é a grande revelação masculina do ano. Austin Butler servindo sensualidade, só aquele “I Know” que ele fala sentado no letreiro de Hollywood já merecia o Oscar por sua existência, possuído pelo espírito do rei. Phoenix de cara lavada, em uma atuação simples e complexa. Hidetoshi nos fazendo querer colocá-lo em uma caixinha. O ar blasé de Kaluuya nunca foi tão bem desenvolvido como em “Não! Não Olhe!”. Dois jovens atores nacionais em filmes opostos, mas que preenchem a tela: Massaro e Leone, sem dúvidas, os maiores de sua geração, sempre quero mais deles. E Rory Kinnear assombroso, para dizer o mínimo, em “Men”.
MARCOS FARIA
- Tom Cruise, por “Top Gun: Maverick”
- Daniel Kaluuya, por “Não, Não Olhe”
- Viggo Mortensen, por “Crimes do Futuro”
- Vincent Lindon, por “Titane”
- Carlos Francisco, por “Marte Um”
- Robert Pattinson, por “Batman”
- Idris Elba, por “Era uma vez um Gênio”
- Ram Charan, por “RRR”
- N. T. Rama Rao Jr., por “RRR”
- Cooper Hoffman, por “Licorice Pizza”
Comentário
Olhando a lista, pode-se pensar que meu principal critério de escolha foi o tanquinho mais bonito sem camisa: Cruise em Top Gun, Elba em “Era Uma Vez…”, os dois astros de “RRR”, Lindon em “Titane”. Pode ser, mas a lista denota, antes de mais nada, minha preferência por um estilo de atuação que mais envolve uma certa presença, uma certa fisicalidade, do que o naturalismo per se. Nesse sentido, a presença de Carlos Francisco, singelo, modesto e, sobretudo, mineiro em “Marte Um”, pode parecer deslocada – e é, em certa medida, apesar de justificada. Mas, se tem uma coisa que a grande maioria desses homens têm em comum, é o modo como se refugiam em seus corpos, como são contidos pelos seus cascos: o brutamontes Lindon, com um coração mole; Mortensen, lutando contra o funcionamento do seu organismo especial; Pattinson, com os músculos eternamente retesados, sempre tenso (e emo); Kaluuya, em performance antissocial não tão distante da de Pattinson; até mesmo Francisco entra nesse balaio, como um sujeito simples e alegre que sabe que pessoas como ele precisam muitas vezes abaixar a cabeça. Soberano entre todos, Cruise, que segue em sua epopeia particular para expandir as capacidades corporais da humanidade.
PÂMELA EURÍDICE
- Paul Mescal, por “Aftersun”
- Cauã Reymond, por “A Viagem de Pedro”
- Viggo Mortensen, por “Crimes do Futuro”
- Hidetoshi Nishijima, por “Drive My Car”
- Daniel Kaluuya, por “Não, Não Olhe”
- Ricardo Darín, por “Argentina, 1985”
- Nicolas Cage, por “O Peso do Talento”
- Daniel Giménez Cacho, por “Bardo”
- Austin Butler, por “Elvis”
- Robert Pattinson, por “Batman”
Comentário
Cauã me conquistou em “Piedade”, e, como Pedro I, mostrou mais ainda sua potência interpretativa. Assim como todos os outros listados nessa lista, a ele, contudo, há uma dor latente que o sufoca e nos sufoca, um ritmo também empregado por Mortensen e Kaluuya, que se destaca em todos os papeis que trabalha. Cito ainda Pattinson que evidencia sua versatilidade e Nicolas Cage que consegue ser bom sendo ele mesmo, será que isso dá certo com Ben Affleck? O futuro poderá dizer.
——————————————————————————————————————————————————
COMO FUNCIONA O SISTEMA DE PONTUAÇÃO DO CINE SET:
Cada um dos críticos do Cine SET elege o seu ‘TOP 10’. Critério leva em conta filmes lançados nos cinemas, streaming ou televisão no Brasil entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2022.
Para cada lista, fizemos a pontuação:
1º lugar – 25 pontos
2º lugar – 18 pontos
3º lugar – 15 pontos
4º lugar – 12 pontos
5º lugar – 10 pontos
6º lugar – 8 pontos
7º lugar – 6 pontos
8º lugar – 4 pontos
9º lugar – 2 pontos
10º lugar – 1 ponto
Depois, tudo é somado e chegamos ao resultado final!