MELHOR ATOR

  1. Hidetoshi Nishijima, por “Drive My Car”112 PONTOS
  2. Paul Mescal, por “Aftersun” – 111 PONTOS
  3. Tom Cruise, por “Top Gun: Maverick” – 83 PONTOS
  4. Vincent Lindon, por “Titane” – 74 PONTOS
  5. Austin Butler, por “Elvis” – 50 PONTOS

CAIO PIMENTA

  1. Vincent Lindon, por “Titane” 
  2. Tom Cruise, por “Top Gun: Maverick”
  3. Hidetoshi Nishijima, por “Drive My Car”
  4. Paul Mescal, por “Aftersun”
  5. Denzel Washington, por “A Tragédia de Macbeth
  6. Nicolas Cage, por “O Peso do Talento
  7. Adam Sandler, por “Arremessando Alto
  8. Joaquin Phoenix, por “Sempre em Frente
  9. Carlos Francisco, por “Marte Um
  10. Ram Charan, por “RRR 

Comentário

Em um filme tão furioso e violento, o afeto chega justamente daquele que teoricamente deveria ser o mais bruto. E Vincent Lindon o faz de maneira comovente, demonstrando como é, de longe, um dos melhores atores do cinema europeu. Tom Cruise genial como nunca no cinema de ação, Nishijima carrega as dores e reflexões de uma obra brilhante, Mescal e seu choro desesperado, Washignton e a paranoia do poder de um rei negro, Cage entre homenagem e a zoeira, Sandler seguindo na ótima fase, Phoenix mais singelo e delicado, Francisco e os sonhos imperfeitos, Charan e a energia de um épico ensandecido. 

Camila Henriques 

  1. Paul Mescal, por “Aftersun” 
  2. Hidetoshi Nishijima, por “Drive My Car” 
  3. Tom Cruise, por “Top Gun: Maverick” 
  4. Ethan Hawke, por “O Telefone Preto 
  5. Adam Sandler, por “Arremessando Alto” 
  6. Daniel Kaluuya, por “Não, Não Olhe! 
  7. Ram Charan, por “RRR” 
  8. N. T. Rama Rao Jr., por “RRR” 
  9. Denzel Washington, por “A Tragédia de Macbeth” 
  10. George Clooney, por “Ingresso Para o Paraíso 

Comentário 

Menções honrosas: Oscar Isaac, por “O Contador de Cartas”, Joaquin Phoenix, por “Sempre Em Frente”.

Tem espaço para grandes astros como Tom Cruise, George Clooney, Denzel Washington e Adam Sandler, para trabalhos que as premiações deveriam olhar com mais carinho como os de Daniel Kaluuya e Ethan Hawke, para a complexidade de Hidetoshi Nishijima e para a dupla dinâmica Ram Charan e N.T. Rama Rao Jr., mas quem me fisgou mesmo foi Paul Mescal, doce e melancólico em “Aftersun”.  

Danilo Areosa 

  1. Vincent Lindon, por “Titane” 
  2. Hidetoshi Nishijima, por “Drive My Car” 
  3. Denis Ménochet, por “Peter Von Kant 
  4. Tim Blake Nelson, por “Old Henry” 
  5. Timothée Chalamet, por “Até os Ossos” 
  6. Paul Mescal, por “Aftersun” 
  7. Amir Jadidi, por “Um Herói 
  8. Carlos Francisco, por “Marte Um” 
  9. Cooper Hoffman, por “Licorice Pizza” 
  10. Quito Rayon Richter, por “Noites de Paris” 

Menções Honrosas: Ricardo Darin, por “Argentina 1985”, Michael Banks Repeta, por “Armageddon Time”, Adam Sandler, por “Arremessando Alto”; Austin Butler, por “Elvis”.  

Comentário 

Que performance angustiante e empática Vincent Lindon nos direciona para captarmos a emotividade (as dores e os afetos) do seu personagem. Adoro a introspectividade e melancolia que Hidetoshi Nishjima constrói o seu diretor e Tim Blake Nelson o seu fazendeiro Henry. A sensibilidade, por sinal, marca também as performances de Paul Mescal, Timotheé Chalamet e Carlos Francisco, apresentando tanto os ótimos traços dos valores morais quanto das fragilidades dos seus personagens. Essa moralidade também é o norte da inquietude da atuação de Amir Jadidi na pele do questionador Rahim. No campo da passionalidade, difícil não ficar envolvido pela cólera e o turbilhão de emoções captadas por Denis Ménochet para nos apresentar o seu Peter Von Kant. Por fim, as revelações Cooper Hoffman (filho de peixe, peixinho é) e Quito Rayon trouxeram a energia jovial e rebelde necessária aos seus personagens nos respectivos filmes. 

Gabriel Bravo de Lima 

  1. Hidetoshi Nishijima, por “Drive My Car” 
  2. Cooper Hoffman, por “Licorice Pizza” 
  3. Austin Butler, por “Elvis” 
  4. Carlos Francisco, por “Marte Um” 
  5. Paul Mescal, por “Aftersun” 
  6. Ram Charan, por “RRR” 
  7. Daniel Craig, por “Glass Onion 
  8. N. T. Rama Rao Jr., por “RRR” 
  9. Robert Pattinson, por “Batman 
  10. Viggo Mortensen, por “Crimes do Futuro 

Comentário 

Nishijima encara o desafio de construir um personagem extremamente contido, em um filme bem longo. Sua presença varia entre o encantamento e a pena de forma magnífica, construindo um homem que está sempre em movimento embora nem sempre seguindo em frente. Cooper Hoffman e Austin Butler por outro lado abraçam a megalomania quase inocente de seus personagens, em atuações de muita energia. 

IVANILDO PEREIRA 

  1. Tom Cruise, por “Top Gun: Maverick” 
  2. Hidetoshi Nishijima, por “Drive My Car” 
  3. Austin Butler, por “Elvis” 
  4. Robert Pattinson, por “Batman” 
  5. Ralph Fiennes, por “O Menu 
  6. Oscar Isaac, por “O Contador de Cartas” 
  7. Paul Mescal, por “Aftersun” 
  8. Viggo Mortensen, por “Crimes do Futuro” 
  9. Daniel Kaluuya, por “Não! Não Olhe!” 
  10. Brad Pitt, por “Trem-Bala 

Comentário 

Não considero que 2022 tenha sido um grande ano em termo de atuações masculinas, em comparação com as femininas. Ainda assim, tivemos ótimos trabalhos. Sensibilidade deu o tom nas atuações de Nishijima e Mescal. Kaluuya e Mortensen repetiram parcerias bem-sucedidas com seus diretores favoritos e, como antes, os resultados foram superlativos. Fiennes é intenso; Isaac metódico; Pitt engraçadíssimo: as atuações dos três são as primeiras coisas que lembramos nos seus filmes, com razão. 

Já Butler se sai muito bem como Elvis e Pattinson, idem como Batman: Duas figuras arquetípicas em filmes grandiosos que não perderam de vista os grandes trabalhos de seus protagonistas. Mas Cruise foi minha escolha como número 1: não tanto pela atuação – embora seja, de fato, uma das melhores de sua carreira e é fácil esquecer que ele é sim um bom ator. Mas pelo que ela, e o filme, representaram. Num ano em que o cinema se recupera da sua pior crise, o astro Cruise, como um mestre de cerimônias, fez o público relembrar porque a experiência da tela grande importa. Qualquer um dos atores citados aqui é capaz de um grande desempenho. Mas só Cruise foi capaz de mostrar que o cinema não morreu.     

LORENNA MONTENEGRO 

  1. Paul Mescal, por “Aftersun” 
  2. Ricardo Darín, por “Argentina 1985 
  3. Johnny Massaro, por “Os Primeiros Soldados 
  4. Vincent Lindon, por “Com Amor e Fúria 
  5. Ralph Fiennes, por “O Menu” 
  6. Timothée Chalamet, por “Até os Ossos” 
  7. Nicolas Maury, por “Garoto Chiffon 
  8. Adam Driver, por “Ruído Branco 
  9. Joaquin Phoenix, por “Sempre em Frente” 
  10. Colin Farrell, por “After Yang” 

Comentário 

Paul Mescal é absolutamente magnético em sua performance como o pai melancólico e extremamente amoroso de “Aftersun”. Importante esse reconhecimento já que pelo menos desde 2020 ele vem performando em grandes papéis no cinema e em Séries como “Normal People”. 

LUCAS LOPES AFLITOS 

  1. Denzel Washington, por “A Tragédia de Macbeth” 
  2. Austin Butler, por “Elvis” 
  3. Ricardo Darín, por “Argentina, 1985” 
  4. Felix Kammerer, por “Nada de Novo no Front 
  5. Johnny Massaro, por “Os Primeiros Soldados” 
  6. Rory Kinnear , por “Men: Faces do Medo 
  7. Hidetoshi Nishijima, por “Drive My Car” 
  8. Joaquin Phoenix, por “Sempre em Frente” 
  9. Daniel Kaluuya, por “Não! Não Olhe!” 
  10. Gabriel Leone, por “Meu Álbum de Amores” 

Comentário 

Um ano interessantíssimo para os atores, falta é posição e menções honrosas para colocar aqui, na dúvida, não inseri. Grandiosas performances em uma aula de competência e comprometimento no ofício de atuar. Denzel e Darín dispensam comentários. Felix Kammerer é a grande revelação masculina do ano. Austin Butler servindo sensualidade, só aquele “I Know” que ele fala sentado no letreiro de Hollywood já merecia o Oscar por sua existência, possuído pelo espírito do rei. Phoenix de cara lavada, em uma atuação simples e complexa. Hidetoshi nos fazendo querer colocá-lo em uma caixinha. O ar blasé de Kaluuya nunca foi tão bem desenvolvido como em “Não! Não Olhe!”. Dois jovens atores nacionais em filmes opostos, mas que preenchem a tela: Massaro e Leone, sem dúvidas, os maiores de sua geração, sempre quero mais deles. E Rory Kinnear assombroso, para dizer o mínimo, em “Men”. 

MARCOS FARIA 

  1. Tom Cruise, por “Top Gun: Maverick” 
  2. Daniel Kaluuya, por “Não, Não Olhe” 
  3. Viggo Mortensen, por “Crimes do Futuro” 
  4. Vincent Lindon, por “Titane” 
  5. Carlos Francisco, por “Marte Um” 
  6. Robert Pattinson, por “Batman” 
  7. Idris Elba, por “Era uma vez um Gênio 
  8. Ram Charan, por “RRR” 
  9. N. T. Rama Rao Jr., por “RRR” 
  10. Cooper Hoffman, por “Licorice Pizza” 

Comentário 

Olhando a lista, pode-se pensar que meu principal critério de escolha foi o tanquinho mais bonito sem camisa: Cruise em Top Gun, Elba em “Era Uma Vez…”, os dois astros de “RRR”, Lindon em “Titane”. Pode ser, mas a lista denota, antes de mais nada, minha preferência por um estilo de atuação que mais envolve uma certa presença, uma certa fisicalidade, do que o naturalismo per se. Nesse sentido, a presença de Carlos Francisco, singelo, modesto e, sobretudo, mineiro em “Marte Um”, pode parecer deslocada – e é, em certa medida, apesar de justificada. Mas, se tem uma coisa que a grande maioria desses homens têm em comum, é o modo como se refugiam em seus corpos, como são contidos pelos seus cascos: o brutamontes Lindon, com um coração mole; Mortensen, lutando contra o funcionamento do seu organismo especial; Pattinson, com os músculos eternamente retesados, sempre tenso (e emo); Kaluuya, em performance antissocial não tão distante da de Pattinson; até mesmo Francisco entra nesse balaio, como um sujeito simples e alegre que sabe que pessoas como ele precisam muitas vezes abaixar a cabeça. Soberano entre todos, Cruise, que segue em sua epopeia particular para expandir as capacidades corporais da humanidade. 

PÂMELA EURÍDICE 

  1. Paul Mescal, por “Aftersun” 
  2. Cauã Reymond, por “A Viagem de Pedro 
  3. Viggo Mortensen, por “Crimes do Futuro” 
  4. Hidetoshi Nishijima, por “Drive My Car” 
  5. Daniel Kaluuya, por “Não, Não Olhe” 
  6. Ricardo Darín, por “Argentina, 1985” 
  7. Nicolas Cage, por “O Peso do Talento” 
  8. Daniel Giménez Cacho, por “Bardo 
  9. Austin Butler, por “Elvis” 
  10. Robert Pattinson, por “Batman” 

Comentário 

Cauã me conquistou em “Piedade”, e, como Pedro I, mostrou mais ainda sua potência interpretativa. Assim como todos os outros listados nessa lista, a ele, contudo, há uma dor latente que o sufoca e nos sufoca, um ritmo também empregado por Mortensen e Kaluuya, que se destaca em todos os papeis que trabalha. Cito ainda Pattinson que evidencia sua versatilidade e Nicolas Cage que consegue ser bom sendo ele mesmo, será que isso dá certo com Ben Affleck? O futuro poderá dizer. 

——————————————————————————————————————————————————

COMO FUNCIONA O SISTEMA DE PONTUAÇÃO DO CINE SET:

Cada um dos críticos do Cine SET elege o seu ‘TOP 10’. Critério leva em conta filmes lançados nos cinemas, streaming ou televisão no Brasil entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2022.

Para cada lista, fizemos a pontuação:

1º lugar – 25 pontos

2º lugar – 18 pontos

3º lugar – 15 pontos

4º lugar – 12 pontos

5º lugar – 10 pontos

6º lugar – 8 pontos

7º lugar – 6 pontos

8º lugar – 4 pontos

9º lugar – 2 pontos

10º lugar – 1 ponto

Depois, tudo é somado e chegamos ao resultado final!