MELHOR DIREÇÃO
- Jane Campion, de “Ataque dos Cães” – 175 PONTOS
- Chloé Zhao, de “Nomadland” – 125 PONTOS
- Maggie Gyllenhaal, de “A Filha Perdida” – 95 PONTOS
- Thomas Vinterberg, de “Druk” – 82 PONTOS
- Florian Zeller, de “Meu Pai” – 61 PONTOS
BRUNO CURY E VANESSA MORAIS
- Thomas Vinterberg, de “Druk – Mais uma rodada”
- Chloé Zhao, de “Nomadland”
- Emerald Fennell, de “Bela vingança“
- Jane Campion, de “Ataque dos cães”
- Maggie Gyllenhaal, de “A filha perdida”
- Steven Spielberg, de “Amor, sublime amor”
- Florian Zeller, de “Meu Pai”
- Wes Anderson, de “A crônica francesa”
- Denis Villeneuve, de “Duna”
- Lin-Manuel Miranda, de “Tick, Tick…boom!”
A cada ano que passa estamos vendo mais produções de diretoras concorrendo a diversos prêmios do cinema mundial e tendo um maior reconhecimento. Chloé Zhao dominou as premiações em 2021, seguida por Emerald Fennell e Regina King. Maggie Gyllenhall teve uma estreia fabulosa com “A Filha Perdida” e Jane Campion dispensa maiores comentários. Sempre ótimo ver Steven Spielberg indicado, temos um carinho especial por ele. Thomas Vinterberg também excelente e Florian Zeller fez um trabalho fantástico e muito tocante em “Meu Pai”.
CAIO PIMENTA
- Kelly Reichardt, de “First Cow”
- Aly Muritiba, de “Deserto Particular”
- Florian Zeller, de “Meu Pai”
- Jane Campion, de “Ataque dos Cães”
- Lana Wachowski, de “Matrix Ressurrections”
- Déo Cardoso, de “Cabeça de Negô”
- Chloé Zhao, de “Nomadland” e “Eternos”
- Thomas Vintenberg, de “Druk”
- Emerald Fennell, de “Bela Vingança”
- James Gunn, de “O Esquadrão Suicida”
Seis mulheres brilhantes compõem esta lista cada uma desafiando padrões, questionando a sociedade e o próprio cinema com seus olhares ora incisivos ora meticulosos. De todas, destaco Kelly Reichardt, diretora desta obra-prima chamada “First Cow”. Muritiba ensaiava um grande filme há tempos e o encontra com “Deserto Particular”. Florian Zeller adapta a própria peça a reconfigurando de forma única para o cinema, enquanto Déo Cardoso cria um filme catártico; Se Vintenberg ganhou até o Oscar (logo ele, vejam só), quem sou eu para não o colocar aqui? E James Gunn dá um tapa na cara de Jon Watts, Peyton Reed, Destin Cretton e qualquer outro diretor genérico de filmes de HQs.
CAMILA HENRIQUES
- Jane Campion, por “Ataque dos Cães”
- Lana Wachowski, por “Matrix Resurrections”
- Maggie Gyllenhaal, por “A Filha Perdida”
- Aly Muritiba, por Deserto Particular”
- Christian Petzold, por “Undine”
- Leos Carax, por “Annette”
- Jasmila Žbanić, por “Quo Vadis Aida””
- Emma Seligman, por “Shiva Baby”
- James Wan, por “Maligno”
- Steven Spielberg, por “Amor, Sublime Amor”
Menções honrosas: Déo Cardoso (Cabeça de Nêgo); Emerald Fennell (Bela Vingança); Kelly Reichardt (First Cow); M. Night Shyamalan (Tempo); Iuli Gerbase (A Nuvem Rosa)
Três mulheres entregaram as direções que mais me encantaram neste ano. Jane Campion e seu western de desconstrução de masculinidades, Lana Wachowski e a ousadia de fazer renascer uma franquia com diversas críticas a esse universo, e Maggie Gyllenhaal, que estreou com o peso de adaptar uma das autoras mais lidas do mundo na atualidade.
DANILO AREOSA
- Chloe Zhao, por “Nomadland”
- Jane Campion, por Ataque dos Cães”
- Thomas Vinterberg, por “Druk – Mais Uma Rodada”
- Steven Spielberg, por Amor, Sublime Amor”
- Aly Muritiba, por “Deserto Particular”
- Christian Petzold, por “Undine”
- Kelly Reichardt, por “First Cow”
- Déo Cardoso, por “Cabeça de Nêgo”
- Thomas Bezucha, por “Deixe-o Partir”
- Andreas Fontana, por “Azor”
Menções Honrosas: Emma Seligman, por “Shiva Baby”, James Wan, por “Maligno”; Florian Zeller, por “Meu Pai”.
Podemos dizer que 2021 marcou a excelência feminina na direção. Ver os trabalhos de Chloe Zhao, Jane Campion e Kelly Reichardt invadindo territórios geralmente masculinos para instalar um olhar poético nestes espaços foi de encher os olhos. Na Europa, Thomas Vinterberg e Christian Petzold se consolidaram cada vez mais como os principais representantes cinematográfico de seus países. Os estreantes Déo Cardoso e Andreas Fontana começaram muito bem suas caminhadas no mundo cinematográfico com trabalhos relevantes no campo social. No aspecto de amadurecimento é visível o crescimento de Aly Muritiba e Thomas Bezucha em seus novos trabalhos. Por fim, foi ótimo rever Spielberg com tesão, imprimindo aquela intensidade tão boa que marcou a primeira metade da sua gloriosa carreira cinematográfica.
GABRIEL BRAVO DE LIMA
- Leos Carax, de “Annette”
- Jane Campion, de “Ataque dos cães”
- Lana Wachowski, de “Matrix Resurrections”
- James Wan, de “Maligno”
- M. Night Shyamalan, de “Tempo”
- Maggie Gyllenhaal, de “A filha perdida”
- Déo Cardoso, de “Cabeça de nêgo”
- Aly Muritiba, de “Deserto Particular”
- Kelly Reichardt, de “First Cow”
- Thomas Vinterberg, de “Druk”
Leos Carax entrega um filme que passeia por diferentes sensações sempre mantendo o nível o mais alto possível, no drama, na comédia, no horror. Annette tem uma execução perigosa e Carax nunca decepciona durante a projeção. Jane Campion conduz “Ataque dos cães” magistralmente, explorando cada espaço em tela e cada recuo de seus personagens, segurando o clímax até o ponto perfeito. Lana Wachowski volta ao universo de Matrix para explorá-lo mais, sem medo de reações negativas e sem medo de se desafiar enquanto artista, mesmo diante de seu maior sucesso. Ansioso para saber quais serão seus próximos passos.
IVANILDO PEREIRA
- Jane Campion, de “Ataque dos Cães”
- Thomas Vinterberg, de “Druk: Mais uma Rodada”
- Christian Petzold, de “Undine”
- Ridley Scott, de “O Último Duelo”
- Maggie Gyllenhaal, de “A Filha Perdida”
- Chloé Zhao, de “Nomadland”
- Pablo Larraín, de “Spencer”
- Paolo Sorrentino, de “A Mão de Deus”
- Emma Seligman, de “Shiva Baby”
- James Wan, de “Maligno”
Dentre meus trabalhos favoritos de direção do ano, Wan entra pela ousadia e piração, Zhao e Larraín pela sensibilidade, Seligman por trabalhar tão bem o sarcasmo e a inquietação, e Scott pela visão ao mesmo tempo intima e épica. Vinterberg e Sorrentino criam experiências ao mesmo tempo tristes e engraçadas, como a vida. Gyllenhaal mostra um trabalho revelatório e Petzold faz algo tão especial que desafia classificação. E o meu trabalho de direção favorito é o de Campion, administrando atmosfera, vários subtextos e um elenco inspirado. Realmente, um ano conduzido pelas visões de diretores muito diversos e interessantes.
LAIZE MINELLI
- Steven Spielberg, de “Amor Sublime Amor”
- Jane Campion, de “Ataque dos Cães”
- Aaron Sorkin, de “Apresentando os Ricardos”
- Leos Carax, de “Annette”
- Lin-Manuel Miranda, de “Tick Tick Boom”
- Maggie Gyllenhaal, de “A Filha Perdida”
- Ridley Scott, de “Casa Gucci”
- Denis Villenueve, de “Duna”
- Adam Mckay, de “Não Olhe Para Cima”
- James Wan, de “Maligno”
Que bom poder olhar para essa lista e ver nomes tão bons, inclusive duas mulheres, das quais uma delas é estreante na direção. Embora muito fã do trabalho da Jane Campion, eu fiquei apaixonada em algum momento dos 10 primeiros minutos do filme do Spielberg – não sei se foram as cores, aquela câmera passando bem pertinho dos pés dos atores durante a coreografia… seja como for, a grata surpresa, a maestria na hora de recontar uma história já conhecida, me fazem colocar no topo dos mais incríveis de 2021.
LUCAS LOPES AFLITOS
- Chloé Zhao, de “Nomadland”
- Jane Campion, de “Ataque dos Cães”
- Emerald Fennell, de “Bela Vingança”
- Thomas Vintenberg, de “Druk”
- Florian Zeller, de “Meu Pai”
- Shaka King, de “Judas e o Messias Negro”
- Lee Isaac Chung, de “Minari”
- Maggie Gyllenhaal, de “A Filha Perdida”
- Rebecca Hall, de “Identidade“
- Sian Heder, de “CODA – No Ritmo do Coração”
Dos dez diretores selecionados neste ranking, seis são mulheres. Felizmente a presença feminina na direção está sendo celebrada e abraçada pelo público, crítica e premiações. Claro, ainda há um longo caminho, como reconhecer a presença das (os) diretoras (es) negros. E não, não é um passo de cada vez! Ainda assim, é instigante ter nessa lista Chloé Zhao, Jane Campion, Emerald Fennell, Maggie Gyllenhaal, Rebecca Hall e Sian Heder. Veteranas e iniciantes na direção. Oscarizadas, premiadas e badaladas. O olhar feminino nunca foi tão poderoso e necessário.
LUCAS PISTILLI
- Pablo Larraín, de “Ema”
- Denis Villeneuve, de “Duna”
- Edgar Wright, de “Noite Passada em Soho”
- Maggie Gyllenhaal, de “A Filha Perdida”
- Andreas Fontana, de “Azor”
- Chloe Zhao, de” Nomadland”
- Maria Schrader, de “O Homem Ideal”
- Jane Campion, de “Ataque dos Cães”
- Małgorzata Szumowska e Michał Englert, de “Nunca Mais Nevará”
- Wes Anderson, de “A Crônica Francesa”
Pablo Larraín é um cineasta ousado, mas nada em sua filmografia preparou o público para “Ema”. Colorido e embebido em reggaetón, o filme é um ponto alto em sua carreira. Já Denis Villeneuve, Edgar Wright e Chloe Zhao apostaram em refinar seu estilo já estabelecido e entregaram seus melhores filmes da carreira até agora. As surpresas da vez ficaram por conta de Andreas Fontana e Maggie Gyllenhaal, cujos filmes de estreia os anunciaram como talentos a serem observados. Enquanto isso, Jane Campion teve um retorno à forma com “Ataque aos Cães” e Maria Schrader encontrou destaque internacional com “O Homem Ideal”.
LUCAS VASCONCELOS
- Chlóe Zhao, de “Nomadland”
- Emerald Fennell, de “Bela Vingança”
- Florian Zeller, de “Meu Pai”
- Nia DaCosta, de “A Lenda de Candyman”
- Maggie Gyllenhaal, de “A Filha Perdida”
- Shaka King, de “Judas e o Messias Negro”
- Thomas Vintenberg, de “Druk”
- Anna Muylaert e Lô Politi, de “Alvorada”
- Steven Spielberg, de “Amor, Sublime Amor”
- Emma Seligman, de “Shiva Baby”
O cinema de 2021 é das mulheres, sem sombra de dúvidas. E é com grande honra em dizer que, para mim, 6 dos 10 filmes listados aqui foram dirigidos por cineastas mulheres (e quase todas roteirizadas também por elas). Há direções estreantes que apesar de existir pontos a melhorar, conseguem entregar ótimas obras, caso este de Emerald Fennel, Nia DaCosta, Maggie Gyllenhaal e Emma Seligman. Mas há também, diretoras mais experientes como Chlóe Zhao e Anna Muylaert que possuem ótimas produções e merecem ser mais valorizadas. Além disso, não podemos deixar de lado o brilhante desempenho de Shaka King e Thomas Vintenberg em seus respectivos filmes. Destaque para a aventura de Spielberg com o remake de “Amor, Sublime Amor” – algo que poderia facilmente dar errado, porém conseguiu trazer para as telonas um musical tão bom quanto o original.
PÂMELA EURÍDICE
- Jane Campion, de “Ataque dos Cães”
- Maggie Gyllenhaal, de “A Filha Perdida”
- Florian Zeller, de “Meu Pai”
- Leos Carax, de “Annette”
- Chloé Zhao, de “Nomadland”
- Denis Villeneuve, de “Duna”
- Regina King, de “Uma Noite em Miami”
- Wagner Moura, de “Marighella”
- Déo Cardoso, de “Cabeça de Nego”
- Thomas Vinterberg, de “Druk”
Com Ataque dos Cães, Campion amplia as discussões em sua filmografia. Dessa vez, mostrando de forma sensível como a masculinidade tóxica afeta questões relacionadas à sexualidade e as convenções sociais. Esse último tópico também permeia a produção de Gyllenhaal, Zao e King. Zeller nos possibilita imergir numa cabeça adoecida; Carax, Villeneuve e Vinterberg fazem obras que sem suas embreagens operacionais e idealizantes seriam possíveis. Já Moura e Cardoso denunciam o Brasil pós golpe.
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COMO FUNCIONA O SISTEMA DE PONTUAÇÃO DO CINE SET:
Cada um dos críticos do Cine SET elege o seu ‘TOP 10’. Critério leva em conta filmes lançados nos cinemas, streaming ou televisão no Brasil entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2021.
Para cada lista, fizemos a pontuação:
1º lugar – 25 pontos
2º lugar – 18 pontos
3º lugar – 15 pontos
4º lugar – 12 pontos
5º lugar – 10 pontos
6º lugar – 8 pontos
7º lugar – 6 pontos
8º lugar – 4 pontos
9º lugar – 2 pontos
10º lugar – 1 ponto
Depois, tudo é somado e chegamos ao resultado final!
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VEJA AS LISTAS DE MELHOR DIREÇÃO DE 2017 A 2020: